Obtenção de bromelina e caracterização da atividade proteolítica visando a sua utilização na produção de suplemento dietético para fenilcetonúricos

Autores

  • G. R. Souza Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • R. L. Carreira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • A. A. S. Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Resumo

A fenilcetonúria (PKU) é uma doença genética, de caráter autossômico recessivo, causada pela atividade deficiente ou ausente da enzima hepática fenilalanina- hidroxilase, que catalisa a conversão de fenilalanina (Phe) em tirosina (Tyr). Este erro inato do metabolismo produz um acúmulo de Phe no sangue, levando a alterações graves no sistema nervoso central (TRAHSM, 1998). Os produtos dietéticos especiais para PKU disponíveis no mercado são importados e de alto custo, sendo mais freqüentemente utilizados misturas de aminoácidos livres de Phe ou formulações contendo hidrolisados protéicos, obtidos a partir de proteases vegetais e microbianas (MIRA & MARQUEZ, 2000). A bromelina é uma enzima proteolítica encontrada no abacaxi e em outras espécies de plantas da família Bromeliaceae. Comparando-a com outras proteases, como a papaína, a bromelina é de mais fácil obtenção e aparece em maiores quantidades, em razão de sua presença na fruta e na planta do abacaxi (DUPAIGNE, 1975). Entretanto, a quantidade produzida ainda é pequena em relação às necessidades de mercado, o que torna a bromelina um produto de alto valor comercial. O presente trabalho otimizou a produção de um extrato bruto enzimático, de conhecido teor protéico e com elevada atividade enzimática, proveniente de resíduos da agroindústria do abacaxizeiro (talo, a folha e o caule). O experimento está sendo realizado no laboratório de Bromatologia da Faculdade de Ciências da Saúde do UNIPAM. O abacaxi da variedade Pérola foi obtido diretamente de plantações na região de Presidente Olegário/MG. A precipitação isoelétrica das amostras foi realizada empregando-se ácido cítrico e NaOH. A determinação do teor de proteínas foi realizada pelo método do KJEDAHL, de acordo com AOAC (1995). A atividade enzimática foi obtida pelo método da digestão da caseína, segundo KUNITZ (1947), com algumas modificações. A Bromelina apresenta ponto isoelétrico (pI) variável de acordo com a porção do abacaxi do qual foi extraída. Assim sendo, definiu-se o pI da bromelina da polpa 4,0; bromelina do talo 6,0 e da casca 9,55. Testes de precipitação isoelétrica sugerem teor protéico mais elevado na casca do abacaxi, seguido da polpa e do talo. Estudos posteriores da atividade enzimática serão realizados a fim de se definir se dentre os elevados teores protéicos, encontra-se também a máxima capacidade hidrolítica da bromelina, que posteriormente será utilizada na obtenção dos hidrolisados protéicos com fins nutricionais específicos.

Biografia do Autor

G. R. Souza, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Acadêmico do curso de Farmácia, Faculdade de Ciências da Saúde (FACISA), Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), Patos de Minas – MG

R. L. Carreira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Orientadora e Docente do curso de Farmácia, FACISA, UNIPAM

A. A. S. Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Orientadora e Docente do curso de Farmácia, FACISA, UNIPAM

Downloads

Publicado

2018-07-27

Edição

Seção

Resumos