Preocupação corporal e fatores de risco para desenvolvimento de transtornos alimentares entre estudantes universitárias do sexo feminino

Resumo

A percepção da imagem corporal se manifesta durante a vida toda, em algumas etapas com maior intensidade, os jovens, principalmente mulheres durante a adolescência, que estão mais suscetíveis a desenvolver distúrbios relacionados com a autoimagem, por serem mais vulneráveis às questões culturais e estéticas. Sendo assim, o presente trabalho teve como objetivo descrever a preocupação corporal e identificar fatores relacionados a transtornos alimentares da população jovem a partir das bases de dados Google Acadêmico, LILACS (Literatura Latino-Americana e do Caribe em Saúde Pública) e SciELO (Biblioteca Científica Eletrônica em Linha). Os descritores utilizados para o levantamento de dados foram “imagem corporal”, “questionário de forma corporal”, “autopercepção”, “distúrbio da imagem corporal”, “insatisfação corporal”, “transtornos alimentares”, “dismorfia muscular”, “índice de massa corporal”, “adolescentes”, "compulsão alimentar", “faculdade feminina” e "estudantes universitárias". Foram selecionados 20 artigos sobre o tema entre os anos 2001 e 2018. Após a revisão pode-se observar que a população feminina universitária apresenta maior vulnerabilidade a questões relacionadas à aparência física devido à alta tensão e ansiedade do meio acadêmico. Quanto ao índice de massa corporal (IMC) foi possível identificar uma relação positiva, forte e significativa entre o mesmo e a preocupação com a autoimagem. Essa relação tem se confirmado em diferentes estudos destacando, principalmente, em indivíduos obesos ou com sobrepeso. O medo do sobrepeso e da obesidade, consequentemente da mudança do padrão corporal, leva os indivíduos, principalmente mulheres, a conduzir dietas restritivas, controlando sistematicamente seu peso, exercitando-se de maneira exacerbada, fazendo uso de medicamentos com a finalidade de emagrecimento, uso de laxantes, diuréticos, drogas anorexígenas abusivamente. Desse modo, foi identificado evidências de possíveis transtornos alimentares futuros nas populações analisadas, assim estudos nessa área precisam ser constantemente realizados buscando testara contribuição de diferentes variáveis na preocupação com a autoimagem.