Análise da força muscular do tornozelo e pressão plantar de indivíduos pós Acidente Vascular Encefálico (AVE)

Autores

  • Brenda Thaís Alves Cardoso Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Kênia Carvalho Coutinho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

acidente vascular encefálico, força, tornozelo

Resumo

Introdução: O AVE é caracterizado por um conjunto de sinais relacionados com a área encefálica lesada, gerando espasticidade, perda de força muscular e destreza. Tudo isso leva a mudanças fisiológicas, mecânicas, funcionais e alterações musculares teciduais. Este trabalho teve por objetivo analisar o grau de força muscular do tornozelo plégico de indivíduos pós AVE e a pressão plantar do mesmo de maneira estática. Metodologia: Trata-se de um estudo analítico descritivo, aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa (CEP) do UNIPAM, nº 3.167.822. Foram avaliados 5 pacientes pós AVE vinculados à Clínica de Fisioterapia do UNIPAM. Após o esclarecimento da pesquisa e a assinatura no Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE), os participantes realizaram o Mini Exame do Estado Mental (MEEM), sendo necessária uma pontuação maior que 18. Em seguida, os Testes de Força e Resistência Muscular Manual foram aplicados para os músculos dorsiflexores, flexores plantares, inversores e eversores de tornozelo. Em seguida, a avaliação da pressão plantar no podoscópio foi realizada com os indivíduos em posição ortostática sobre o mesmo. Resultados: Diante do teste de força realizado, os músculos dorsiflexores e flexores plantares tiveram média 3,0 (± 1,225) e 3,2 (± 0,837) de grau de força e resistência muscular respectivamente e os músculos inversores e eversores, média 1,8 de grau de força e resistência muscular. Quando analisada a pressão plantar no podoscópio, foi possível observar que todos os indivíduos (100%) apresentaram alterações como adução dos artelhos, inversão e flexão plantar do pé plégico e ausência de alterações no pé não plégico. Discussão: Guimarães e Liebano (2013) discorrem que, quando citamos a força muscular do complexo do tornozelo em indivíduos que sofreram AVE, os músculos que realizam a dorsiflexão podem estar atingidos devido à espasticidade dos músculos flexores plantares e inversores, a causa do pé equinovaro. Em complemento Schuster et al. (2008), relatam que isso ocorre devido ao déficit de força muscular de flexores plantares e da musculatura intrínseca do pé, redução na ação motora, distúrbios de coordenação muscular, deficiência sensorial e insuficiência na transferência de peso sobre o membro parético. Conclusão: A análise dos graus de força apresentados pelos pacientes e os picos de pressão plantar permitem um melhor entendimento do mecanismo patológico do complexo neuromusculoesquelético do tornozelo e pé plégico. Com a realização deste estudo, foi possível verificar que os indivíduos pós AVE possuem uma diminuição de grau de força muscular do complexo do tornozelo e que devido a isso apresentam acometimentos em outros aspectos, como posicionamento do pé quando avaliado na postura estática.

Biografia do Autor

Brenda Thaís Alves Cardoso, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 10º período do curso de Fisioterapia – UNIPAM

Kênia Carvalho Coutinho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora – UNIPAM

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Publicado

2020-11-26

Edição

Seção

Resumos