Prevalência e localização da dor em trabalhadores do setor de desossa suína

Autores

  • Larissa Silva Araujo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Fabiana Cristina Ferreira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

prevalência, dor, trabalhadores

Resumo

Introdução: O agronegócio apresenta uma posição de destaque na economia mundial, sobretudo nos países subdesenvolvidos ou em desenvolvimento. Os frigoríficos diretamente relacionados à pecuária expõem o trabalhador a riscos ergonômicos. Apesar da subjetividade da dor, há instrumentos que podem nos fornecer dados sobre sua localização e intensidade, como o diagrama de Corlett e Manenica. Objetivo: Analisar a prevalência e localização da dor ou desconforto musculoesquelético de trabalhadores de um frigorífico no setor da desossa. Material e Métodos: Realizou-se um estudo transversal, sob o número do parecer 3.551.808. A amostra foi constituída por trabalhadores do setor da desossa de um frigorífico de suínos. Em setembro de 2019, a coleta de dados foi feita. Os critérios de inclusão e exclusão para a participação no estudo foram os seguintes: trabalhadores do setor da desossa do frigorífico da empresa de suinocultores, homens e mulheres com idade de vinte a trinta anos que trabalham no setor por, pelo menos, cinco meses, e termo de consentimento esclarecido assinado. Resultados: De 182 (100%) trabalhadores da desossa, 81 (44,5%) aceitaram participar do estudo; destes, após responderem ao questionário de exclusão, apenas 44 (24%) trabalhadores preencheram os critérios de inclusão; a idade variou de 20 a 35 anos e estão na empresa há mais de cinco meses. Observou-se que os locais em que mais sentem dores são pernas, 26 (14%), ombros, 22 (12%), e pescoço, 15 (6%) trabalhadores. Discussão: O diagrama da dor utilizado neste estudo foi feito por Corlett e Manenica. Consiste na ilustração do corpo humano dividido em segmentos corporais; o trabalhador identificou, entre estes segmentos, em qual parte do seu corpo ele sente mais dor ou desconforto musculoesquelético durante sua jornada de trabalho, sendo a intensidade zero para nenhuma dor e sete para dor extrema. É usado para fazer analise ergonômica de trabalho (AET), pois diagnostica trabalhadores com distúrbios musculoesqueléticos. Alguns autores citam que marcar a intensidade é irrelevante.Os desossadores de carne enfrentam os maiores riscos de lesões e problemas musculoesqueléticos em comparação com os outros trabalhadores. Conclusão: A atividade do setor de desossa exige posturas estáticas, com movimentos repetitivos e rápidos. Verificou que a dor estava presente em 44 (24,5%) dos trabalhadores; destes, a dor mais prevalente é a dor nas pernas, 26 (14%) dos trabalhadores.

Biografia do Autor

Larissa Silva Araujo, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do Curso de Fisioterapia do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM

Fabiana Cristina Ferreira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora – UNIPAM

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Publicado

2020-11-26

Edição

Seção

Resumos