Autoextermínio em alunos do ensino superior – uma revisão de literatura
Palavras-chave:
Suicídio. Universitários. Fatores de proteção.Resumo
A transição da fase da adolescência para jovem adulto implica desafios importantes, como o ingresso no Ensino Superior, resultando em mudanças significativas na vida do sujeito, devido às exigências e cobranças para a formação profissional. Com tais mudanças, a população jovem e universitária se torna vulnerável para o desencadeamento do suicídio ou ideações suicidas. Dessa forma, o presente estudo tem como objetivo principal apresentar uma revisão de literatura acerca da ideação suicida em estudantes universitários e os fatores associados a tal fenômeno. Para isso, foi realizada uma pesquisa bibliográfica nas bases de dados SciELO e PePSIC, com os descritores “suicídio”, “ideação suicida” e “universitários”, em publicações entre os anos de 2010 e 2019. Foram selecionados apenas artigos completos na língua Portuguesa. Realizou-se fichamento de todos os artigos encontrados, totalizando dez artigos, e uma pesquisa exploratória acerca das possibilidades de apoio psicológico oferecidas pelas instituições de ensino. A maioria dos artigos lidos traz pontos em comum em relação aos fatores desencadeantes e possíveis fatores associados ao suicídio no público universitário. Entre as principais características, encontram-se sentimentos de desesperança, percepção inadequada do corpo, dificuldades de comunicação, falta de relacionamentos, altas exigências, distanciamento familiar e transição da adolescência para a fase adulta. Os textos sugerem que, para lidar com esse momento de transição, o ideal é estabelecer fatores de proteção, que incidem em quatro esferas de indicadores, nomeadamente os estilos cognitivos e as características de personalidade, o modelo familiar, os fatores culturais, sociais e as crenças religiosas. Além disso, o aluno poderá contar com o auxílio farmacológico e psicoterápico. Os textos ainda sugerem que, dentro do processo psicoterápico, é importante enfatizar o aumento das capacidades e motivação para comportamentos eficazes, estruturar o ambiente do tratamento para reforço dos comportamentos funcionais e não os disfuncionais. Diante do exposto, é importante que as universidades ofereçam medidas de apoio para seus alunos, como atendimentos psicológicos, grupos terapêuticos, com a finalidade de oferecer um estudo de qualidade, visando ao seu bem-estar, e uma atuação profissional adequada.