Materiais restauradores utilizados para tratamento de lesões cervicais não cariosas

revisão de literatura

Autores

  • Luana Elisa Gonçalves Barreiros de Azevedo Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Ana Flávia Pereira Basílio Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Vitor Carvalho Rodrigues Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Lorene Pereira de Queiroz Casali Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

estética, hipersensibilidade, lesão cervical não cariosa

Resumo

As Lesões Cervicais Não Cariosas (LCNC) são um processo patológico muito comum, encontrado em até 60% dos indivíduos na fase adulta, sendo observadas com maior prevalência nos pré-molares superiores, seguido dos molares superiores. São caracterizadas por perda mineral dental próximo à junção cemento-esmalte, pois, nessa região, há uma estreita camada de esmalte, o que favorece sua trinca e ruptura. Esta perda de mineral pode ocasionar hipersensibilidade e comprometimento estético e, caso ocorra progressão dessa lesão, poderá afetar a vitalidade pulpar. Portanto, o objetivo desse trabalho é analisar as diferentes propriedades dos materiais restauradores indicados para as LCNC, a fim de se estabelecer o mais indicado para cada caso. Nesse contexto, procedeu-se à revisão de literatura por meio de pesquisa de artigos científicos indexados na plataforma PubMed, utilizando-se os descritores “noncarious cervical lesion” e “dental hypersensitivity”. As LCNC possuem etiologia multifatorial, como trauma mecânico, consumo de alimentos ácidos, distúrbios parafuncionais, sobrecarga oclusal, refluxo gastroesofágico e estresse. O tratamento deve ser integrado, associando a restauração das estruturas dentárias perdidas com a mudança de hábitos. É necessário preconizar o uso de materiais adesivos com propriedades semelhantes às estruturas dentárias, otimizando o comportamento biomecânico, a estética e diminuindo a hipersensibilidade. Os materiais mais utilizados para restaurar LCNC’s são as resinas compostas, os ionômeros de vidro e as cerâmicas. Sobre as resinas compostas, a sua utilização é indicada devido ao fato de ter boa relação custo-benefício, alta lisura superficial, baixo módulo de elasticidade, grande facilidade de reparo e necessitar de preparos minimamente invasivos. Em contrapartida, apresenta como desvantagens a contração de polimerização, a descoloração marginal, a micro infiltração e a sensibilidade pós-operatória. Já para a utilização do ionômero de vidro, pesa a seu favor a baixa irritabilidade pulpar, a liberação de fluoretos, a adesividade à estrutura dentária e o coeficiente de expansão térmica semelhante ao da dentina. Porém, como pontos negativos, apresenta baixa resistência mecânica, opacidade e potencial de solubilidade aos fluidos bucais. Por fim, as cerâmicas têm como vantagem a translucidez, a estabilidade química, o coeficiente de expansão térmica próxima à do dente, a baixa condutividade térmica, a resistência ao desgaste e a compatibilidade biológica. Entretanto, assim como os outros materiais restauradores, a porcelana apresenta algumas desvantagens, como maior dureza em relação ao esmalte dental, friabilidade, baixa resistência à tração e necessita de preparos mais invasivos, quando comparada com a resina composta. É fundamental realizar ajustes oclusais antes e após restaurar a LCNC, a fim de se reduzir a concentração de estresse sob as estruturas dentárias, aumentando sua durabilidade. O tratamento efetivo deve ser multidisciplinar, envolvendo mudanças de hábitos, ajuste oclusal e tratamento restaurador. A resina composta deve ser a primeira opção de escolha por ser um material adesivo com propriedades semelhantes às estruturas dentárias, apresentar boas propriedades e possuir uma técnica de preparo minimamente invasiva.

Biografia do Autor

Luana Elisa Gonçalves Barreiros de Azevedo, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 7º período do curso de Odontologia – UNIPAM

Ana Flávia Pereira Basílio, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 7º período do curso de Odontologia – UNIPAM

Vitor Carvalho Rodrigues, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduando do 7º período de Odontologia – UNIPAM

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Publicado

2020-11-26

Edição

Seção

Resumos