Avaliação da qualidade de vida em pacientes com fibromialgia

Autores

  • Ludmilla Aparecida dos Reis Arcanjo Andrade Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Flávia Amélia Costa Faria Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

dor crônica, fibromialgia, fisioterapia, qualidade de vida

Resumo

Introdução: A fibromialgia é uma síndrome reumática de causa desconhecida e caracteriza-se pela presença de dor musculoesquelética difusa e crônica. Em sua maioria, afeta as mulheres entre 30 e 60 anos de idade. Objetivo: O presente estudo teve como objetivo avaliar a qualidade de vida de pacientes com fibromialgia. Metodologia: O trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM, sob o parecer 3.588.154. Trata-se de um estudo observacional analítico, do tipo transversal. A amostra foi escolhida por conveniência e composta por 10 mulheres, com idade variando entre 40 a 59 anos, todas diagnosticadas com fibromialgia. Inicialmente, todas as participantes responderam a uma ficha de identificação e avaliação de dados, composta pelos itens: dados pessoais gerais, anamnese, histórico da dor, presença de patologias neurológicas e hábitos de vida. A qualidade de vida foi avaliada pelo questionário Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey (SF-36), o qual é utilizado para verificar o quanto uma patologia afeta a qualidade de vida do indivíduo. O impacto causado pela fibromialgia foi coletado por meio do questionário Fibromyalgia Impact Questionnaire (FIQ), que avalia a gravidade dos sintomas da patologia. Após a coleta, foi realizada a estatística descritiva para verificar a existência ou não de correlações estatisticamente significantes entre os valores obtidos no SF-36 e FIQ. Foi também aplicado o Coeficiente de Correlação por Postos de Spearman e o nível de significância estabelecido foi 0,05. Resultados: A média de idade das participantes foi de 52,11 anos e do IMC, 30,96 kg/m2. Todas apresentaram patologias associadas, sendo a obesidade (24,14%), depressão (20,69%) e ansiedade (17,24%) as mais prevalentes. No SF-36, as médias de todos os domínios ficaram abaixo de 50%, sendo a média mais baixa aspectos físicos (10) e a mais alta saúde mental (43,20). No FIQ, a média da pontuação final foi 58,23. O parâmetro com maior pontuação foi ansiedade (8,10) e o menor foi em relação às faltas ao trabalho (2,57). Discussão: Quanto à qualidade de vida, um estudo realizado em 2011 apontou que os pacientes fibromiálgicos apresentam uma pontuação significativamente baixa, principalmente devido às limitações físicas e ao maior impacto psicológico, o que corrobora os resultados deste estudo. Além da presença de regiões dolorosas, é comum os pacientes manifestarem fadiga, rigidez matinal, distúrbios do sono, sensação subjetiva de edema e parestesias de extremidades, o que pode contribuir para a piora de sua qualidade de vida. Um estudo realizado em 2009 demonstrou que as pacientes fibromiálgicas relataram menor percepção de apoio familiar e ânimo que as mulheres saudáveis, o que sugere que a assistência familiar percebida por mulheres com fibromialgia pode ter um impacto importante sobre a saúde e que tratamentos complementares como a fisioterapia podem proporcionar benefícios para a vida destas pacientes. Conclusão: A fibromialgia afeta negativamente a qualidade de vida das pacientes, uma vez que todos os domínios do SF-36 obtiveram média inferior a 50%. Acrescente-se que a fibromialgia causa um grande impacto na vida das mulheres avaliadas, visto que 60% delas apresentaram uma classificação de impacto grave de acordo com a pontuação do FIQ, o que explica a diminuição nas atividades de vida diária.

Biografia do Autor

Ludmilla Aparecida dos Reis Arcanjo Andrade, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 10º período do curso de Fisioterapia – UNIPAM

Flávia Amélia Costa Faria, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora – UNIPAM

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Publicado

2020-11-26

Edição

Seção

RESUMOS - EDUCAÇÃO FÍSICA