A psicologia nos cuidados paliativos
a importância do cuidado ao paciente fora de possibilidades terapêuticas
Palavras-chave:
cuidados paliativos, psicologia, saúdeResumo
Quando o sujeito está diante de uma doença ou uma enfermidade incurável, isto é, quando a cura medicinal não é mais possível para um determinado quadro, uma alternativa vem ao auxilio dessas pessoas: os cuidados paliativos. Estes são entendidos como cuidados assistenciais oferecidos para todos esses sujeitos que se encontram em uma condição em que não há mais possibilidade de cura em termos médicos. Trata-se de uma abordagem ou tratamento que busca melhorar a qualidade de vida de pacientes e familiares diante dessas doenças que ameaçam a continuidade da vida. Com isso, esse trabalho objetiva a compreensão sobre os cuidados paliativos e a elucidação da relevância da psicologia nesse serviço. O presente trabalho trata de uma revisão de literatura. Foi utilizada a base de dados BVS por meio do descritor “cuidados paliativos”. Como critério de inclusão, utilizaram-se artigos completos, em português, datados entre 2016 e 2019. Foram excluídos artigos repetidos, que estivessem em outros idiomas. Com a busca, foram encontrados 26 artigos, 12 foram suprimidos pela leitura dos títulos e 11 pela leitura dos resumos. Portanto, restaram três artigos, que foram utilizados para a confecção deste trabalho. Dessa forma, os dados encontrados foram analisados a partir de uma leitura interpretativa, em que se busca interpretar os dados encontrados na literatura mediante sua ligação com conhecimentos já obtidos. Foi visto que, nessa perspectiva, é vital não somente aliviar e controlar a dor, mas os sintomas de natureza física, social, emocional e espiritual. O cuidado paliativo vai muito além de oferecer apenas cuidados curativos, sendo essencial a organização de uma equipe multiprofissional e um viés interdisciplinar para a oferta de um cuidado integral e humanizado ao paciente e sua família. Percebe-se a importância do trabalho do psicólogo nos cuidados paliativos, visto que, para além do biológico, há um sujeito com sentimentos, angústias, expectativas de vida, dúvidas, sendo merecedor de ser escutado com interesse e compaixão por aqueles que o atendem e/ou são responsáveis, de alguma forma, por ele.