Atuação fisioterapêutica no tratamento de lesões tegumentares em pacientes com hanseníase

Autores

  • Tainá da Costa Magalhães Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Taliza Sant’Ana Gomes Lício Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Vitória Regina de Morais Cardoso Rodrigues Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

fisioterapia, hanseníase, Mycobacterium leprae

Resumo

Introdução: Historicamente dotada de tabus, a hanseníase é uma patologia infectocontagiosa crônica que tem como causador a Mycobacterium leprae. Pode atingir pessoas de qualquer idade e gênero e é transmitida quando se tem um contato íntimo e prolongado com o indivíduo infectado por meio de secreções nasais, gotículas salivares, tosse ou espirro, sendo que o toque com a pele do paciente não transmite a patologia. No geral, se resume em síndromes dermatoneurológicas com lesões na pele e nervos periféricos, sobretudo das mãos, pés e região orbicular dos olhos. Além dos agravos corpóreos, há o comprometimento psicossocial, já que o portador deixa de realizar atividades laborais, recreativas, instrumentais e até mesmo de vida diária que envolvem tarefas básicas de autocuidado. O diagnóstico e o tratamento precoce evitam o prolongamento da mazela e impossibilitam a instalação dos transtornos por ela provocados. A fisioterapia tem um papel de grande notoriedade nos processos de prevenção e tratamento desses pacientes, por meio de procedimentos biomecânicos, ortopédicos, neurofuncionais e dermatológicos, visando sempre à melhora das disfunções fisiopatológicas. Objetivo: Analisar e descrever a eficácia da atuação fisioterapêutica no tratamento de lesões tegumentares em pacientes com hanseníase. Materiais e métodos: Foi realizada uma revisão sistemática nas plataformas científicas “BVS”, BIREME, SCIELO, LILACS, MEDLINE e EBSCO, utilizando os seguintes descritores: fisioterapia, hanseníase e Mycobacterium leprae. Os critérios de inclusão foram: artigos publicados no período de 2009 a 2019, texto completo, idioma português, sendo excluídas publicações como vídeos, artigos não científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado. Resultado e Discussão: Dez artigos abordaram o tema proposto, dentre os quais cinco foram selecionados por acatarem todos os critérios de inclusão. Esses estudos analisaram os domínios de mobilidade, autocuidado, trabalho e destreza de pacientes hansenianos e apontaram que as limitações variam de leves a incapacitantes. Apesar de o conhecimento dos pacientes com hanseníase sobre a intervenção fisioterapêutica preventiva ser raso, os mesmos reconhecer a eficácia da terapêutica no tratamento de sequelas, entre elas as ulcerações. Ultrassom, laser, eletroterapia pulsada, massoterapia superficial, radiação infravermelha e ultravioleta foram aludidas nos achados literários. O diagnóstico e intervenção tardios também foram pontuados, uma vez que contribuem negativamente com a deterioração cinético-funcional e constitui um entrave ao restabelecimento fisiológico e alta clínica. Conclusão: Observou-se que o tratamento fisioterapêutico em pacientes hansenianos aborda essencialmente a prevenção da cascata de eventos da referida patologia, as quais podem ocasionar inépcia e limitações. Os principais recursos de tratamento e prevenção com evidência científica foram a cinesioterapia, laserterapia de baixa intensidade e terapia manual. Notou-se uma escassez a respeito de pesquisas voltadas para a atuação do fisioterapeuta e sua instrumentalização no tratamento da hanseníase e comorbidades associadas, dificultando a escolha de uma abordagem assertiva para os pacientes acometidos.

Biografia do Autor

Tainá da Costa Magalhães, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 6º período do curso de Fisioterapia – UNIPAM

Taliza Sant’Ana Gomes Lício, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 6º período do curso de Fisioterapia – UNIPAM

Vitória Regina de Morais Cardoso Rodrigues, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora – UNIPAM

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Publicado

2020-11-26

Edição

Seção

Resumos