Avaliação da qualidade de vida em mulheres acometidas por fibroedema geloide (FEG)
Palavras-chave:
fibroedema geloide, estética, mulheres, qualidade de vidaResumo
Introdução: O FEG é uma das disfunções estéticas que mais atingem a população feminina, gerando um impacto na estética e na qualidade de vida (QV). Objetivo: Verificar a QV de mulheres submetidas a protocolo fisioterapêutico para tratamento do FEG. Material e Métodos: Estudo do tipo ensaio clínico, descritivo e longitudinal. Critérios de exclusão: alunas que estivessem em tratamento estético ou realizando algum tipo de atividade física, que apresentassem patologias que pudessem comprometer o tratamento e pacientes que não apresentassem pontuação maior que 18 pontos no Mini Exame do Estado Metal. Critérios de inclusão: idade entre 20 e 35 anos, que apresentassem queixas de FEG e que aceitassem participar do estudo e assinassem o Termo e Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE). O estudo foi realizado na Clínica de Fisioterapia do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), após aprovação prévia do Comitê de Ética e Pesquisa do UNIPAM, parecer nº 3.304.501. A amostragem foi do tipo não probabilística por conveniência. Após inclusão das voluntárias no protocolo, elas responderam ao questionário validado Quality of Life Measurement for Patients With Cellulite (CELLUQOL). Em seguida, o procedimento terapêutico foi iniciado com a assepsia da pele com álcool 70%, logo após foi aplicado gel aquoso para o uso do Ultrassom Terapêutico marca Sonopuls. Para a realização da Endermoterapia, utilizou-se óleo de amêndoas e o aparelho Beauty Dermo. Cada paciente realizou 10 atendimentos, com horário marcado e previamente agendado pelas pesquisadoras. Houve um intervalo de um dia entre um atendimento e outro. A análise estatística foi realizada por meio do programa estatístico SPSS Statistic 23. As variáveis são apresentadas como média ± desvio padrão ou números absolutos e frequência (%) quando apropriado. A comparação entre os dados antes e após o tratamento foi realizada por meio do Test T Student com um nível de significância de p<0,05. Resultados e Discussão: Foram atendidas cinco voluntárias, com média de idade de 23,6 ± 3,5. Na avaliação pré-tratamento, houve uma média de 51,8 e desvio padrão de 15,4 dos scores estabelecidos, indicando que o FEG afeta pouco na vida das voluntárias. Após o tratamento, a média foi de 36,0 e desvio padrão de 11,4, ou seja, o FEG já não afeta na QV dessas voluntárias. O teste-t pareado revelou diferença significativa (p<0.02) entre os dados avaliados iniciais e finais do tratamento, comprovando estatisticamente a eficácia do protocolo. Santana e Uchôa (2015) relacionaram os fatores de risco com os dados sociodemográficos e constataram a complexidade do FEG; relataram ainda que o mesmo deve ser compreendido como um agravante de saúde, deixando de ser apenas uma preocupação de estética, já que pode afetar na funcionalidade do indivíduo. Conclusão: O protocolo fisioterapêutico proposto mostrou-se eficaz na melhora da QV das mulheres acometidas por FEG.