Análise da dorsiflexão de tornozelo mediante aplicação de liberação miofascial no músculo tríceps sural em pacientes pós Acidente Vascular Encefálico
Palavras-chave:
acidente vascular cerebral, fisioterapia, fásciaResumo
O Acidente Vascular Encefálico (AVE) pode provocar sequelas e danos irreversíveis. A espasticidade do Músculo Tríceps Sural nos pacientes acarreta o padrão de Pé Equino e limita a amplitude de movimento (ADM) de dorsiflexão de tornozelo (DFT). A Liberação Miofascial (LM), através de uma pressão nos tecidos moles com intuito de deformá-los e provocar reações químicas, favorece uma melhora nos padrões de movimentos, aumento da ADM e diminuição do encurtamento muscular. Objetivo: Verificar o efeito da técnica de LM realizada no músculo tríceps sural no aumento da ADM de DFT ativa em cadeia cinética fechada (CCF) em pacientes pós AVE. Metodologia: Trata-se de um estudo intervencional, prospectivo, com abordagem quantitativa, aprovado pelo Comitê de Ética com o parecer nº 3.179.397. Foi realizada avaliação da DFT ativa em CCF dos indivíduos através do Teste de Lunge. Em seguida, foi realizada a técnica de LM manual e instrumental no músculo Tríceps Sural em quatro indivíduos pós AVE que se encontravam na fase crônica da doença. Resultados: Todos os pacientes obtiveram ganho na ADM de DFT ativa em CCF após a intervenção. As medidas de DFT ativa em CCF apresentaram diferença estatisticamente significativa antes (1,25 cm ± 1,50) e após (3,50 cm ± 1,73) o tratamento fisioterapêutico, com significância de p=0,002. Discussão: Os resultados obtidos no estudo são compatíveis com os dados de um estudo em que, após uma única a aplicação da técnica de LM manual no Músculo Tríceps Sural durante dez minutos para verificar a amplitude de movimento de dorsiflexão ativa, observou-se uma média de ganho de 0,45 cm do membro inferior direito e 1,45 do membro inferior esquerdo. Conclusão: Concluiu-se que a LM pode ser uma estratégia eficaz no ganho de DFT ativa em CCF em paciente pós AVE. Devido ao baixo número de pacientes, necessita-se de mais estudos para confirmar os benefícios do uso desta técnica no tratamento de pacientes com a AVE.