Perfil sociodemográfico e função respiratória de gestantes

Autores

  • Daniela Mendes Arruda Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Lays Magalhães Braga Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Kelly Christina Faria Nunes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

função respiratória, pulmão, gestação

Resumo

Introdução: O organismo da mulher durante a gestação passa por diversas alterações – mecânicas ou bioquímicas – que visam se adequar às necessidades existentes entre mãe e feto e preparar para o parto. Dentre as diversas alterações estruturais, ressaltam-se as modificações na função respiratória. Objetivo: Avaliar a função respiratória de gestantes e conhecer seu perfil sociodemográfico e clínico. Material e Métodos: Trata-se de um estudo de corte transversal com abordagem quantitativa que foi previamente submetido ao Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas e aprovado sob o parecer número 3.167.821. A amostragem foi do tipo não probabilístico por conveniência. Foram incluídas 18 gestantes que atenderam aos critérios de inclusão. Os instrumentos para os dados de coleta foram um questionário geral contendo dados sociodemográficos e antecedentes obstétricos e clínicos. A seguir as gestantes foram submetidas a uma avaliação física em que foram avaliados o fluxo expiratório máximo por meio do instrumento Mini-Wright Peak Flow Meter, a capacidade inspiratória por meio do instrumento inspirômetro de incentivo a volume Voldyne® e a expansibilidade torácica através da cirtometria realizada em três pontos: região axilar, mamária e processo xifoide em repouso, na capacidade pulmonar total e no volume residual. Resultados: A média de idade da amostra foi de 26,6 anos ± 5,1; idade gestacional média de 22,38 semanas ± 5,28; número de gestações média de 1,50 ± 0,78; partos com média de 0,33 ± 0,59; abortos com média de 0,22 ± 0,54. O peso atual com média de 68,30 kg ± 11,3 e IMC 25,75 kg/m² ± 3,73. A maioria das gestantes cursou ensino superior completo, sendo 66,7 %. 50 % relataram renda de um salário mínimo, seguida de 22,2% que não apresentam renda. Em relação à profissão, a maior parte delas 22,2% era auxiliar administrativa e 16,7 estudantes. 88,9 % eram casadas e 11,1 % solteiras. 61,1 % delas não praticavam atividade física enquanto 38,9 % praticavam. Foi observado que a média do pico de fluxo expiratório das gestantes foi de 221,17 ± 82,07 vs média predita de 441,88 (p<0,01). A capacidade inspiratória média apresentada foi de 2035,29 ± 561,18 vs média predita de 2579,41 (p<0,01). A expansibilidade torácica linha axilar em repouso apresentou uma média de 89,11 ± 5,3; capacidade pulmonar total média de 91,91 ± 5,3 e volume residual com média de 87,83 ±5,42; expansibilidade torácica linha mamária em repouso com média de 95,44 ±6,84; capacidade pulmonar total com média de 98,22 ± 6,46; volume residual com média de 94,13 ± 7,01; expansibilidade torácica na região do processo xifoide em repouso com média de 82,38 ± 7,19; capacidade pulmonar total com média de 85,36 ± 7,50; volume residual com média de 82,58 ± 7,71. Conclusão: O período gestacional promove mudanças significantes na função respiratória, principalmente no pico de fluxo expiratório na CI e na expansibilidade torácica.

Biografia do Autor

Daniela Mendes Arruda, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 10º período do curso de Fisioterapia – UNIPAM

Lays Magalhães Braga, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora – UNIPAM

Kelly Christina Faria Nunes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora co-orientadora – UNIPAM

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Publicado

2020-11-26

Edição

Seção

Resumos