Construção do mapa territorial da Equipe de Saúde da Família – “UBS Dr. José Claudio Arpini” em Patos de Minas – MG
relato de experiência
Palavras-chave:
mapeamento, tabela de agravos, territorializaçãoResumo
A territorialização é um dos pressupostos básicos do trabalho da Estratégia Saúde da Família - ESF, na medida em que se desenvolve a demarcação de limites das áreas de atuação dos serviços, realiza o reconhecimento do ambiente, da população e das dinâmicas sociais existentes e estabelece relações horizontais com serviços adjacentes e verticais com centros de referência. O objetivo do presente relato é demonstrar a experiência vivida pelos discentes do curso de Odontologia do UNIPAM junto à Equipe de Saúde da Família 15 (Equipe Sol): “UBS Dr. José Claudio Arpini”, situada no bairro Nova Floresta, no município de Patos de Minas (MG). No presente relato da experiência, foram utilizados os relatórios da análise de situação de saúde dos agentes comunitários de saúde - ACS´s bem como referenciais teóricos sobre os temas abordados. Foram construídos um mapa atualizado e uma tabela de agravos em saúde (utilizando programa AutoCAD, placas de MDF / acrílico), por meio da utilização do espaço de criação do UNIPAM: FABLAB e em parceria com os ACS´s. Por essa experiência, ressaltam-se, ainda, a interação dos acadêmicos com a ESF na qual estão inseridos bem como com a comunidade pertencente ao território. As microáreas pertencentes ao território foram identificadas com sua cor correspondente. A fixação dos lotes na maquete foi realizada de maneira a possibilitar possíveis alterações decorrentes do replanejamento territorial. A tabela de agravos (que recebeu uma lâmina em acrílido) permite aos ACS´s transcreverem as informações e atualizá-las quando necessário. A partir da presente iniciativa, os ACS´s se apropriaram do material desenvolvido, abastecendo cada uma das seis microáreas com informações técnicas, as quais permitirão desempenhar suas funções com maior perícia. Percebemos que a territorialização é imprescindível para a análise da situação de saúde daquela população, já que essa ferramenta permite o levantamento e atualização de informações de conhecimento do território. Também contribui para uma aproximação com a realidade, permitindo uma corresponsabilização dos ACS´s e a criação de vínculo entre a equipe de saúde e população por meio de um planejamento local pautado nas necessidades da comunidade. Essa experiência permitiu apreender o que a literatura aponta a respeito do processo de territorialização, ressignificando-o na nossa prática profissional. A análise da experiência demonstrou a importância da compreensão sensível ao mapeamento do território na perspectiva da atenção básica em saúde como parte da inserção dos alunos na comunidade.