Cuidados de enfermagem a pacientes com Doença Arterial Periférica

Resumo

A Doença Arterial Periférica (DAP) é classicamente caracterizada pela deposição de placas de gorduras e cálcio nas paredes arteriais que levam à oclusão parcial de artérias periféricas, diminuindo o fluxo sanguíneo nas extremidades e ocasionando comumente danos como lesões nos membros inferiores. Para o diagnóstico da DAP, exames físico e clínico são necessários, podendo incluir ainda o método de exame ITB (Índice Tornozelo Braquial), procedimento não invasivo que objetiva medir a pressão arterial dos membros inferiores e avaliar se há ou não presença de fluxo sanguíneo chegando a essa região. Este foi um estudo de revisão integrativa que teve por objetivo dar respostas à seguinte pergunta de pesquisa: quais são os cuidados de enfermagem para pacientes com doença arterial periférica? Para a composição da amostra foram utilizadas publicações disponíveis na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde) usando o descritor “doença arterial periférica”. Foram incluídos os artigos científicos disponibilizados na íntegra, do idioma português, com informações pertinentes ao tema, e publicados entre os anos de 2014 a 2018. A princípio foram encontrados 78 artigos. Após a leitura dos resumos e, quando em dúvida, do texto completo, chegou-se à amostra final de seis artigos que atendiam aos objetivos da pesquisa. Após a seleção da amostra, foi realizada uma leitura criteriosa e integral dos artigos selecionados, buscando enfatizar as respostas aos objetivos da pesquisa. Dessa forma, em seus estudos, os autores ressaltaram que o cuidado na DAP pela equipe de enfermagem deve ser sistematizado e pautado em evidências científicas. As principais intervenções de enfermagem na prática assistencial aos pacientes com DAP encontradas nos estudos foram: cuidados que incluem o controle dos fatores de risco relacionados ao estilo de vida, controle de doenças como o diabetes, a hipertensão e hipercolesteremia, orientação quanto à alimentação saudável, verificação do equilíbrio hidroeletrolítico, cuidados com os pés, monitorização de sinais e sintomas sistêmicos e locais de infecção, encorajamento para a promoção de exercícios, alongamento e controle dos tônus musculares, avaliação da ruptura tissular e prevenção de úlceras arteriais, dentre outras. De acordo com a pesquisada, a DAP é, geralmente, silenciosa, fato que contribui para a dificuldade do diagnóstico e do tratamento precoce, acarretando assim o aumento nas taxas de amputações de membros inferiores e dos riscos de isquemia cardiovascular-cerebral. Os cuidados de enfermagem citados são de suma importância na prevenção, no controle e na assistência da DAP, tendo o objetivo principal de evitar ou controlar essa doença, que afeta física, psicológica e socialmente tantas pessoas.