Intensidade da lombalgia e características clínicas de um grupo de gestantes

Autores

  • Angela Paula Soares da Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Kelly Christina de Faria Nunes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Lays Magalhães Braga Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

dor lombar, gestantes, saúde da mulher

Resumo

Durante o período gestacional, acontecem variações hormonais e biomecânicas no corpo da mulher, que apresentam como resultado principal a lombalgia gestacional. A lombalgia gestacional é classificada como uma manifestação clínica com inúmeras causas acometendo a região lombar, podendo ser irradiada para os membros inferiores. Aproximadamente 50% das gestantes enfrentam dor lombar que pode gerar incapacidade motora na realização das atividades diárias dependendo do nível da dor. Assim sendo, o objetivo deste estudo foi conhecer o perfil sociodemográfico e clínico e a intensidade da lombalgia em um grupo de gestantes. Metodologia: Trata-se de um estudo de coorte transversal, descritivo e quantitativo, sendo executado após a aprovação do Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário de Patos de Minas, sob o número 3.140.701. O estudo foi realizado na clínica de Fisioterapia do UNIPAM, envolvendo 18 gestantes com idade gestacional de 16 a 30 semanas e com faixa etária entre 18 e 40 anos. Inicialmente, foi realizada uma investigação sócio-demográfica dos antecedentes pessoais, clínicos e obstétricos através de um questionário construído pelo próprio pesquisador. Em seguida, foi realizada avaliação da dor lombar por meio da Escala Visual Analógica de Dor (EVA) e o Oswestry Disability Index – ODI. O Oswestry Disability Index – ODI é um instrumento utilizado para avaliação funcional da coluna lombar, incorporando medidas de dor e atividade física. A escala visual analógica de dor (EVA) é usada e aprovada como uma ferramenta de medição (quantitativa) da intensidade da dor. A análise estatística foi conduzida por meio do Software SPSS versão 23.0. Resultado: Foram avaliadas 18 gestantes com média de idade de 26,61 (±5,10). A maioria das gestantes, 88,9%, eram casadas e 11,1% solteiras; 66,7% tinham o ensino superior e 27,8% ensino médio. A média da idade gestacional foi de 22,38(±5,28); e 50% das gestantes relataram ter renda individual de um salário mínimo. Através do questionário ODI, observamos que 78,9% das gestantes apresentavam incapacidade mínima nas atividades diárias e 21,1% incapacidade moderada relacionadas a lombalgia. Quanto à intensidade da dor lombar a média da EVA foi de 5,10 (±2,20). Discussão: Com base na avaliação da incapacidade pelo questionário Oswestry, obteve-se que 78,9% das gestantes apresentaram incapacidade mínima e 21,1% incapacidade moderada nas atividades diárias. Num determinado estudo de análise descritiva envolvendo 82 gestantes com lombalgia, a maioria 45 (54,9%) obteve incapacidade mínima, 32 (39%) incapacidade moderada, 4 (4,9%) incapacidade severa e 1 (1,9%) incapacidade muito severa no ODI. Em relação à pratica de exercício físico anterior à gestação, 11(61,1%) das gestantes informaram não praticar qualquer exercício, e apenas 7 (38,9%) relataram a prática. Atualmente todas as 18 (100%) gestantes afirmaram não praticar exercício físico. De acordo com a literatura a falta de exercício físico regular está correlacionada com dores na região lombar, sendo o sedentarismo associado às incapacidades no sistema musculoesquelético e ao aumento de carga sobre a coluna que favorece ao aparecimento de lombalgia. Conclusão: Observamos que a dor lombar é frequente em gestantes em graus diversos, sendo uma manifestação clínica incapacitante para a realização das atividades podendo ser apresentada em qualquer fase da gestação.

Biografia do Autor

Angela Paula Soares da Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda do 10º período do curso de Fisioterapia – UNIPAM

Kelly Christina de Faria Nunes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora – UNIPAM

Lays Magalhães Braga, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora co-orientadora – UNIPAM

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Publicado

2020-11-26

Edição

Seção

Resumos