Método Isostretching como resolutivo álgico e melhora na qualidade de vida de cuidadores de crianças com Paralisia Cerebral não deambuladoras
Palavras-chave:
cuidadores, dor, paralisia cerebral, qualidade de vidaResumo
As crianças acometidas por Paralisia Cerebral (PC) necessitam de tratamento especial. Na maior parte das vezes, os cuidadores dessas crianças são as próprias mães. Tal responsabilidade pode gerar sobrecarga, acarretando distúrbios que vão desde a depressão até problemas físicos. O Isostretching fundamenta-se em exercícios que alongam e fortalecem o corpo. Trata-se de um método Postural, pois as atividades são realizadas com a coluna em posição correta, levando-se em consideração suas curvas fisiológicas, no período de tempo de uma expiração prolongada. É Global, pois trabalha-se, a cada exercício, com todo o corpo executando alongamento e contração isométrica em cada postura realizada. E é também Ereta, pois há o recrutamento da musculatura paravertebral ao solicitar o autoengrandecimento da coluna vertebral. Sendo assim, o método Isostretching age, ao mesmo tempo, fortalecendo de forma isométrica, promovendo o autoengrandecimento, o alongamento global, o posicionamento entre coluna e quadril e a respiração. Diante dessa premissa, concebeu-se o presente projeto, que trata de um estudo analítico e experimental por ensaio clínico e teve por objetivo avaliar os efeitos da aplicação de um protocolo de tratamento baseado no método Isostretching em cuidadores de crianças com Paralisia Cerebral não deambuladoras. Mediante a presença de crianças com Paralisia Cerebral não deambuladoras em tratamento na Clínica de Fisioterapia do Unipam, foi utilizado este mesmo espaço e foram selecionados, de forma voluntária, dois cuidadores. Os cuidadores foram submetidos à aplicação do Questionário de Qualidade de Vida SF-36 e à Escala Visual Analógica – EVA. Ato contínuo estes mesmos cuidadores frequentaram dez atendimentos de Fisioterapia empregando o método Isostretching. Durante os atendimentos foram utilizados bastões, bolas, colchonetes e foi realizada aferição de pressão arterial ao início e ao final de cada sessão. A amostra deste estudo se deu por meio de uma amostragem não probabilística por conveniência. Para a realização da análise estatística foi utilizado o software Microsoft Excel e os dados foram expressos em média e desvio-padrão, o quanto adequado. A fim de determinar se houve mudança na média entre o primeiro e o segundo questionários, foi utilizado o Teste T do tipo Pareado, sendo considerado um nível de significância de 5% (p<0,05). Durante o estudo, uma das voluntárias compareceu a somente cinco atendimentos. Na análise estatística o Teste T retornou resultado fora da região crítica proposta, não havendo, portanto, evidências suficientes para afirmar que houve diminuição do quadro álgico da paciente ao nível de significância de 5%. Ainda assim, verificou-se melhora em aproximadamente 67% dos domínios relativos à qualidade de vida. Quanto à voluntária que compareceu aos dez atendimentos propostos, o Teste T retornou resultado dentro da região crítica, evidenciando assim a diminuição do quadro álgico da paciente ao nível de significância proposto. Houve melhora em 100% dos domínios relativos à qualidade de vida. Concluiu-se que, ainda que as amostras tenham sido diferentes para as voluntárias do projeto, o método Isostretching mostrou-se eficaz e com resultados satisfatórios, tanto na melhora da qualidade de vida, quanto na diminuição do quadro álgico. Há necessidade de novos estudos a fim de comprovar a eficácia do método para casos como estes.