A proteção jurídica dos direitos de pessoas transgênero e travestis
análise da violação dos direitos humanos e fundamentais e desafios no âmbito do Direito brasileiro
Palavras-chave:
direitos humanos, direitos fundamentais, pessoas transgênero, travestisResumo
Nesta pesquisa, foi abordada a situação dos direitos das pessoas transgênero e travestis no Brasil, enfatizando tanto os avanços legais como os desafios persistentes que afetam essa comunidade. Destacou-se a importância da identidade de gênero e expressão de gênero como aspectos fundamentais da individualidade e reconheceu-se a complexidade e diversidade dessas experiências. As pessoas transgênero são aquelas cuja identidade de gênero difere do sexo atribuído no nascimento, enquanto as travestis têm uma expressão de gênero que difere das expectativas sociais associadas ao seu sexo de nascimento. É crucial compreender que a identidade de gênero vai além das convenções sociais, e a expressão é uma manifestação única e pessoal dessa identidade. No Brasil, avanços legais importantes foram conquistados para reconhecer e proteger os direitos das pessoas trans. A Resolução nº 12/2015 do Conselho Nacional de Combate à Discriminação e Promoção dos Direitos de Lésbicas, Gays, Travestis e Transexuais (CNCD/LGBT) permitiu que as pessoas trans alterassem seus documentos de identificação de acordo com sua identidade de gênero, sem a necessidade de cirurgia de redesignação sexual ou ordem judicial. No entanto, persistem desafios significativos. A discriminação é uma realidade persistente que afeta diversas áreas da vida, desde o emprego até o acesso à educação e serviços de saúde. A violência física e psicológica dirigida a pessoas trans é uma preocupação séria. A legislação brasileira, incluindo a Lei de Identidade de Gênero, estabeleceu a base para o reconhecimento dos direitos das pessoas trans. No entanto, ainda existem limitações e diferenças na legislação que precisam ser abordadas. O Brasil lidera as estatísticas globais de mortes de pessoas trans, destacando a necessidade urgente de combater a transfobia. A discriminação no acesso a serviços públicos também persiste, refletindo-se na falta de treinamento sensível à diversidade.