Avaliação da dexmedetomidina na medicação pré-anestésica
Palavras-chave:
agosnista alfa-2 adrenérgicos, analgesia, fármacosResumo
O estudo teve como objetivo avaliar os efeitos da dexmedetomidina como medicação pré-anestésica em cães, especialmente em relação aos parâmetros cardíacos. Para isso, foram analisados os resultados de eletrocardiogramas pré e pós-administração de dexmedetomidina em 20 cadelas saudáveis, sem raça definida, com idade média de 2 a 5 anos, submetidas à ovariohisterectomia eletiva no Centro Clínico Veterinário - UNIPAM. As cadelas foram submetidas a um período de jejum alimentar e hídrico antes do procedimento. Foram realizados eletrocardiogramas antes e após a administração de dexmedetomidina na dose de 10µg/kg por via intramuscular. Os resultados mostraram que após a administração da dexmedetomidina, houve uma série de alterações nos eletrocardiogramas. Antes da administração da dexmedetomidina, 10 animais apresentaram arritmia sinusal e 3 apresentaram arritmia sinusal com marcapasso migratório. Após a administração da medicação, observou-se que 6 animais apresentaram arritmia sinusal com bloqueio atrioventricular de 2º grau e bradicardia sinusal, enquanto 4 apresentaram arritmia sinusal com bloqueio atrioventricular de 1º grau e bradicardia sinusal. Além disso, houve um aumento da duração da onda P e um eixo elétrico normal em 12 animais após a administração da dexmedetomidina. Conclui-se que a dexmedetomidina pode causar alterações significativas nos parâmetros cardíacos dos cães quando utilizada como medicação pré-anestésica, destacando-se o bloqueio atrioventricular e a bradicardia sinusal. Portanto, é crucial que o anestesista esteja atento aos cuidados durante a avaliação pré-anestésica, especialmente em relação à função cardíaca, para garantir a segurança do procedimento anestésico.