Uso de bioestimulantes a base de extrato de algas em sementes de alface
Palavras-chave:
germinação, hormônio, hortaliçaResumo
A cultura da alface (Lactuca sativa L.) desempenha um papel importante na alimentação e na economia do Brasil, sendo amplamente consumida e valorizada. Durante seu ciclo de crescimento, a alface requer uma série de hormônios promotores de crescimento para um desenvolvimento adequado. Uma prática cada vez mais adotada na agricultura é o uso de bioestimulantes à base de extrato de algas marinhas, especialmente derivados da alga marrom (AM) (Ascophyllum nodosum), devido à presença de fitohormônios como auxinas, giberelinas, citocininas e outros compostos essenciais para o crescimento das plantas. Além disso, há a possibilidade de enriquecer os bioestimulantes com aminoácidos (Aa) e nutrientes como Nitrogênio (N), Fósforo (P), Potássio (K), Molibdênio (Mo) e Boro (B). Neste estudo, o objetivo foi avaliar o efeito de bioestimulantes à base de extrato de algas em tratamentos de sementes de alface do tipo americana. Os tratamentos incluíram o controle apenas com água destilada (T1), AM + Aa + N + P + K + Mo + B (T2), AM + Aa (T3) e AM (T4), com cinco repetições para cada tratamento, em um delineamento em blocos casualizados. O experimento foi conduzido no Centro Universitário de Patos de Minas, em Minas Gerais. As sementes foram tratadas e colocadas em papel Germitest em caixas gerbox, com cada caixa representando uma repetição e contendo 25 sementes. As parcelas foram mantidas em B.O.D. a 25 °C. Após quatro dias, a porcentagem de germinação foi avaliada, seguida pela avaliação de plântulas normais, anormais e mortas, comprimento total e massa fresca total após sete dias. Os resultados foram analisados pelo Teste de Tukey a 5%. Não foram observadas diferenças significativas na porcentagem de germinação, plântulas normais, anormais e mortas, e massa fresca total entre os tratamentos. No entanto, o tratamento quatro apresentou um aumento significativo no comprimento total das plântulas em comparação com o controle. Conclui-se que o uso de algas marinhas na alface pode ter benefícios, mas são necessários experimentos em campo para validar esses resultados em condições mais próximas da realidade.