Análise sazonal e temporal da qualidade do leite cru em uma fazenda do município de Patos de Minas - MG

Autores

  • Wesley Sousa Gomes Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Jefferson Alexandre Magalhães Caixeta Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Maria Clara Grossi Andrade Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Luiz Fernando Rocha Botelho Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

avaliação do leite, CBT, CCS, teor de gordura, teor de proteína

Resumo

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de leite, com mais de 34 bilhões de litros por ano, com produção em 98% dos municípios brasileiros, tendo a predominância de pequenas e médias propriedades, empregando perto de 4 milhões de pessoas. Diante disso, objetivou-se com o presente projeto avaliar o efeito sazonal e temporal na qualidade do leite produzido por propriedade leiteira. O estudo realizou-se na comunidade do Aragão, localizada no município de Patos de Minas, situada na região do Alto Paranaíba, Minas Gerais. Utilizou-se informações sobre produção e qualidade do leite entre janeiro de 2019 a dezembro 2022 de uma propriedade leiteira, cedidas pelo laticínio responsável pela propriedade. Foram analisados dados da composição química de gordura, proteína, contagem total de bactérias e contagem de células somáticas. Realizou-se análise de correlação entre as variáveis de composição do leite anual entre período chuvoso e o período seco, foram tratados os dados no Excel® 2016, sendo tabulados e submetidos à estatística descritiva, utilizando o cálculo da média geométrica mensal e representação gráfica. O maior teor de gordura aconteceu no verão, com valor de 3,49%, apresentando uma diferença ao ser comparada com inverno e primavera, que obtiveram teores de 3,27% e 3,31%. Quanto ao teor de proteína do leite, as estações de verão e outono não apresentam diferença significativa, tendo teores de 3,21% e 3,20%, respectivamente. Entretanto, apresentam diferença significativa ao serem comparadas com os teores encontrados no inverno e na primavera, em que se tem como resultado 3,11% de proteína no inverno e 3,12% de proteína na primavera. Houve um aumento considerável de CCS no verão, com um valor de 427,13CS/ml, ao se comparar com o valor obtido durante o inverno, sendo este de 220,60CS/ml. A média de CBT no inverno foi de 40,40UFC/ml, indicando uma queda na qualidade do leite e um maior crescimento bacteriano ao se comparar com as demais estações do ano. No outono é onde observou-se o menor CBT com um valor de 17,33UFC/ml de leite. Diante disso, no presente estudo, observou-se uma qualidade superior no verão nos aspectos de teor de gordura e teor de proteína do leite, e contagem bacteriana. Entretanto, para contagem de células somáticas, o melhor resultado aconteceu no inverno. No aspecto temporal, as diferenças ocorreram apenas em pontos específicos, podendo ser motivadas por outros aspectos.

Biografia do Autor

Wesley Sousa Gomes, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Jefferson Alexandre Magalhães Caixeta, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Médico Veterinário

Maria Clara Grossi Andrade, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora de Medicina Veterinária

Luiz Fernando Rocha Botelho, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

Downloads

Publicado

2024-10-29

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária