Fertilidade de touros em programas de IATF na pecuária de corte
Palavras-chave:
bovino, sêmen, taxa de concepçãoResumo
Em 2021, o Brasil produziu aproximadamente 9,71 milhões de toneladas de carne bovina, das quais 25,51% foram destinadas à exportação e 74,49% ao mercado interno. Com um rebanho estimado em 196,47 milhões de cabeças e um abate de 39,14 milhões de animais, o país manteve-se como o segundo maior produtor de carne bovina do mundo. A bovinocultura de corte é um setor econômico fundamental para o país, apesar de muitas propriedades enfrentarem desafios para atingir seu potencial reprodutivo, devido à baixa tecnificação e problemas no manejo reprodutivo e sanitário. Nesse contexto, o uso de biotecnologias da reprodução desempenha um papel relevante, podendo proporcionar uma multiplicação eficiente dos animais e um rápido ganho genético do rebanho, resultando em um considerável aumento da produtividade. A Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) é uma técnica que oferece diversas vantagens econômicas, mas seus resultados dependem de vários fatores, incluindo a qualidade do sêmen utilizado. O objetivo deste projeto foi verificar a interferência da qualidade do sêmen sobre a taxa de concepção obtida pelo uso da IATF em bovinos de corte. O estudo foi conduzido em uma fazenda no município de Guarda-Mor, envolvendo 220 vacas nelores e palhetas de sêmen de 5 touros angus. Foi realizado um protocolo de IATF e a qualidade do sêmen foi avaliada por meio de análise microscópica e esfregaço na lâmina de vidro, utilizando a técnica do panóptico rápido. Após a coleta e tabulação dos dados, estes foram submetidos a um delineamento inteiramente casualizado, comparando os tratamentos (5 touros diferentes) entre si e avaliando a taxa de concepção por meio do teste de qui-quadrado (p<0,05), utilizando o programa computacional SISVAR. Todos os animais apresentaram características seminais dentro dos padrões mínimos de qualidade recomendados para o sêmen bovino, conforme os parâmetros e valores de referência estabelecidos pelo Colégio Brasileiro de Reprodução Animal. Não foi observada diferença estatística significativa (com um nível de significância de 5%) na taxa de concepção entre os diferentes touros utilizados.