Fungicidas químicos e biológicos sob o desenvolvimento de Sclerotinia sclerotiorum “in vitro”
Palavras-chave:
controle biológico, crescimento micelial, escleródiosResumo
O Sclerotinia sclerotiorum é um fungo causador da doença conhecida como mofo branco, que afeta diversas culturas. Devido à presença de estruturas de resistência, como os escleródios, essa doença é de difícil controle e pode persistir no solo por longos períodos. Diante desse desafio, o uso combinado de produtos químicos e biológicos tem se mostrado uma alternativa eficaz para o manejo do fungo. O presente estudo teve como objetivo avaliar o crescimento micelial do fungo S. sclerotiorum “in vitro” na presença de fungicidas químicos e biológicos. Realizado no laboratório de Fitopatologia do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM), o experimento envolveu seis tratamentos com sete repetições, totalizando quarenta e duas parcelas. Os tratamentos consistiram nos fungicidas Fluazinam, Procimidona, Fluazinam + Procimidona, além dos agentes biológicos T. asperellum e T. harzianum, com um isolado do fungo S. sclerotiorum como testemunha. O meio de cultura utilizado foi o BDA (Batata, Dextrose e Ágar), e o crescimento micelial do fungo foi avaliado após 24, 48, 72, 96, 120, 144 e 168 horas de incubação. As medições foram feitas utilizando uma régua graduada, respeitando o mesmo horário de avaliação. Os dados foram submetidos à análise de variância e ao Teste Tukey ao nível de significância de 5%, utilizando o software SISVAR. Os resultados demonstraram que a testemunha apresentou um crescimento micelial de 2,43cm, enquanto os tratamentos com Fluazinam e Fluazinam + Procimidona não mostraram crescimento. O tratamento com Procimidona resultou em um crescimento de 0,75cm, enquanto os tratamentos biológicos T. asperellum e T. harzianum apresentaram crescimentos de 1,01cm e 0,56cm, respectivamente. A análise de inibição do crescimento micelial revelou que os fungicidas Fluazinam e Fluazinam + Procimidona foram capazes de inibir 100% do crescimento do S. sclerotiorum, enquanto o T. harzianum apresentou uma inibição de 76,95%. Portanto, conclui-se que os fungicidas Fluazinam e Fluazinam + Procimidona foram eficazes na inibição do crescimento micelial do S. sclerotiorum, enquanto os agentes biológicos T. asperellum e T. harzianum também mostraram algum efeito inibitório, embora em menor proporção. Esses resultados sugerem o potencial desses tratamentos no controle do mofo branco em culturas agrícolas.