Efeito cicatricial da Arnica montana em feridas induzidas em ratos Wistar

Autores

  • Caroline Stephanny Alves de Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Thalita Moreira Paraguassu Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Guilherme Nascimento Cunha Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

fitoterápico, lesão de pele, roedores

Resumo

O aumento de cães errantes tem contribuído significativamente para um aumento nos casos de traumas decorrentes de acidentes, armas de fogo, quedas e brigas, emergindo como uma das principais causas de feridas cutâneas. A cicatrização de feridas é uma etapa crucial no processo de recuperação e pode ser classificada em três tipos, dependendo da extensão e condição da ferida: primeira intenção, segunda intenção e terceira intenção. Este processo é composto por três fases distintas: inflamatória, de reparação e de maturação. O presente estudo buscou avaliar o efeito da Arnica montana na cicatrização de feridas induzidas. Para isso, foram utilizados 56 ratos machos saudáveis, distribuídos em três grupos: Grupo Controle (16 ratos), Grupo tratado com gel de arnica topicamente e Grupo tratado com arnica oralmente, ambos com 20 ratos. Os animais foram submetidos à anestesia e feridas foram realizadas em seus dorsos. Biópsias foram realizadas após 3, 7, 14 e 21 dias do procedimento cirúrgico, e as feridas foram avaliadas macro e microscopicamente. Na avaliação macroscópica, observou-se que o exsudato foi detectado apenas no Grupo Controle no 3º dia pós-operatório. A coloração vermelha persistiu até o 7º dia em todos os grupos, exceto no Grupo tratado oralmente, que manteve até o 14º dia. As crostas foram observadas apenas até o 14º dia no Grupo tratado oralmente. Prurido persistiu apenas no 21º dia no Grupo Controle. Houve diferenças estatísticas significativas no tamanho das feridas entre os grupos de tratamento e o Controle. Não foram observadas diferenças estatísticas na quantidade de células de defesa nos grupos tratados. O Grupo Controle manteve epitelização parcial no 14º dia, enquanto os demais grupos apresentaram epitelização completa. A quantidade de fibroblastos manteve-se estável no Grupo Controle no 14º dia, enquanto nos outros grupos houve diminuição. As fibras de colágeno apresentaram presença moderada no 14º dia no Grupo Controle, enquanto nos demais grupos essa presença foi mais acentuada, refletindo também na organização das fibras de colágeno. Conclui-se que o uso de Arnica montana no tratamento de feridas cutâneas estimulou a presença de colágeno e sua organização precoce, desempenhando um papel fundamental na redução do tempo de cicatrização. No entanto, o tratamento tópico com gel de arnica demonstrou ser mais eficaz do que o tratamento oral.

Biografia do Autor

Caroline Stephanny Alves de Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Thalita Moreira Paraguassu, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Guilherme Nascimento Cunha, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2024-11-01

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária