Situação epidemiológica da esporotricose humana no estado de Minas Gerais

Autores

  • Júlia de Fátima Romão Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Mariana Assunção de Souza Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Fabiana Maria Andrade Britto Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Ana Caroline Romão da Silva Universidade Federal de Uberlândia (UFU)
  • Guilherme Nascimento Cunha Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

ocorrência, fungo, Sporothrix spp., zoonose

Resumo

O estudo teve como objetivo investigar a ocorrência de casos de esporotricose em humanos no estado de Minas Gerais, utilizando dados registrados de atendimentos no período de 2018 a 2023, obtidos através do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de dermatose ocupacional. Foram analisados aspectos como ano, sexo, faixa etária, óbitos e distribuição geográfica dos casos. Durante o período estudado, foram registrados 2.417 casos de esporotricose em humanos, sendo Belo Horizonte o município com maior prevalência da doença. Houve um aumento na ocorrência de esporotricose ao longo do tempo, indicando uma tendência de expansão da doença. A análise por sexo revelou que 62,51% dos casos eram do gênero feminino. Quanto à faixa etária, adultos entre 30 e 59 anos foram os mais afetados pela doença. O nível de escolaridade não pareceu influenciar significativamente na ocorrência de esporotricose. Em relação aos óbitos, foram registradas 15 mortes no período estudado, com uma média de três mortes por ano, sendo o ano de 2021 o mais expressivo com cinco casos. No entanto, o estudo não identificou a fonte de contaminação dos pacientes. Concluiu-se que a esporotricose é uma doença endêmica em Minas Gerais e está em expansão, com maior incidência em mulheres adultas. A região metropolitana de Belo Horizonte foi identificada como a área com maior potencial de contágio. Devido à natureza negligenciada da doença, é crucial estabelecer medidas de prevenção para humanos e animais, especialmente por meio do cruzamento de dados dos pacientes afetados e seu contato com gatos, que são considerados uma importante fonte de transmissão.

Biografia do Autor

Júlia de Fátima Romão Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina Veterinária

Mariana Assunção de Souza, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora de Medicina Veterinária

Fabiana Maria Andrade Britto, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora de Medicina Veterinária

Ana Caroline Romão da Silva, Universidade Federal de Uberlândia (UFU)

Mestranda em Engenharia de Alimentos

Guilherme Nascimento Cunha, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2024-11-06

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária