Bioestimulante no desenvolvimento morfológico de café recém-transplantado
Palavras-chave:
Coffea, transplante, crescimento vegetal, extrato de algasResumo
A cafeicultura desempenha um papel crucial na economia brasileira, com o Brasil se destacando como líder mundial na produção e exportação de café. A expectativa de aumento na safra de 2023 ressalta ainda mais a relevância dessa cultura. O desenvolvimento inicial das plantas de café é determinante para alcançar altas produtividades, enfatizando a importância do manejo adequado nessa fase inicial. Neste contexto, o presente estudo buscou avaliar os efeitos de diferentes doses de bioestimulante no desenvolvimento morfológico de mudas de café recém-transplantadas. O experimento foi conduzido em uma propriedade privada em Patos de Minas, Minas Gerais, utilizando mudas da cultivar Arara, plantadas em tubetes de polietileno com substrato de fibra de coco e adubação controlada. Os tratamentos consistiram em diferentes doses de bioestimulante (extrato de algas contendo complexo de macro e micronutrientes) (0, 0,250, 0,500, 1,0 e 2,0 L.ha), aplicadas em duas etapas: no momento do transplantio e 35 dias após o transplantio. Aos 60 dias, foram avaliados altura da parte aérea, comprimento total das raízes, número de pares de folhas e massa fresca total das plantas. Os resultados obtidos não revelaram diferenças estatisticamente significativas entre as diferentes doses de bioestimulante para as variáveis analisadas, incluindo altura da parte aérea, número de folhas, comprimento das raízes e massa fresca das mudas de café. Esses achados estão alinhados com estudos prévios, onde alguns autores também não observaram efeitos estatisticamente significativos do uso de bioestimulantes em condições específicas de cultivo de mudas de café. Eles sugerem que as condições ambientais favoráveis podem ter influenciado diretamente os resultados encontrados. Portanto, a variabilidade de resultados pode ser atribuída a uma série de fatores, como características do solo, estágio de desenvolvimento das plantas, condições ambientais e composição específica do bioestimulante utilizado. Diante do exposto, conclui-se que, nas condições experimentais específicas deste estudo, as diferentes doses de bioestimulante não exerceram um impacto discernível no desenvolvimento inicial das mudas de café.