Inoculação e coinoculação na cultura do feijoeiro
Palavras-chave:
Rhizobium, Azospirillum, nódulos, nitrogênio, Phaseolus vulgaris L.Resumo
O feijão comum (Phaseolus vulgaris L.) é uma leguminosa de grande importância na dieta humana devido ao seu alto teor de proteínas. A cultura do feijoeiro demanda uma quantidade significativa de nitrogênio como nutriente essencial, especialmente devido ao seu ciclo de crescimento rápido e à alta demanda desse elemento pelos grãos. Realizar estudos que visem aumentar a produtividade, reduzir custos e minimizar impactos ambientais é de extrema importância. Portanto, é essencial explorar novas estratégias que potencializem a produção do feijoeiro, com ênfase no uso de produtos biológicos. O objetivo deste estudo foi avaliar o efeito da inoculação e coinoculação de Rhizobium tropici e Azospirillum brasiliense na cultura do feijoeiro como alternativa aos fertilizantes nitrogenados, analisando sua eficácia na promoção do desenvolvimento das plantas e na fixação biológica de nitrogênio. O experimento foi realizado no Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM, no terraço do Bloco I, durante o período de julho a agosto de 2023. Foram testados oito tratamentos, incluindo diferentes combinações de inoculação e fertilização nitrogenada, em um delineamento experimental de blocos ao acaso, com quatro blocos. Após 30 dias, foram avaliados o teor de clorofila, o número de nódulos, a massa seca da parte aérea, a massa seca da raiz e a massa seca dos nódulos. As médias foram comparadas pelo Teste de Tukey. Os resultados indicaram que a inoculação de Rhizobium tropici + 100kg N/ha nas sementes de feijão TAA DAMA promoveu um aumento na massa seca da parte aérea. No entanto, a utilização de inoculação e coinoculação não teve um impacto significativo na massa seca da raiz, no número e na massa seca dos nódulos, nem no teor de clorofila. Em suma, conclui-se que a inoculação de Rhizobium tropici combinada com uma dose de 100kg de N/ha pode ser uma estratégia eficaz para melhorar o desenvolvimento da parte aérea das plantas de feijão. No entanto, não houve diferenças significativas nos demais parâmetros avaliados entre os diferentes tratamentos de inoculação e coinoculação testados.