Avaliação do comportamento sexual em suínos machos imunocastrados e destinados ao abate

Autores

  • Lara Helena Machado Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Luiz Flávio Nepomuceno do Nascimento Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Simone Vital Moreira
  • Jéssica Luana Guimarães de Oliveira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

Androstenona, Escatol, Imunocastração, Suídeos, Vacina

Resumo

Atualmente, busca-se alternativas e novas tecnologias que permitam aumentar a produção e a porcentagem de carne magra na carcaça, melhorando o desempenho sem prejudicar o bem-estar dos animais, dentre essas alternativas está a imunocastração. A imunocastração é uma alternativa à castração cirúrgica realizada com o propósito principal de evitar odor e sabor desagradáveis na carne dos suínos machos inteiros, além disso ela melhora os níveis de bem-estar dos animais de produção. O objetivo deste estudo foi avaliar a eficiência da técnica de imunocastração através da avaliação do comportamento sexual ativo de suínos machos destinados ao abate. O estudo ocorreu em Patos de Minas - MG, em um frigorífico de abate de suínos onde foram avaliados 13.200 suínos machos imunocastrados de quatro diferentes produtores de diferentes origens/granjas. A avaliação ocorreu por meio de observação direta nos lotes, posteriormente foi anotado em planilha individualizada o comportamento geral dos indivíduos, e no final foi contabilizado o número/quantidade de animais do lote com as características comportamentais de monta com/sem exposição do pênis, exposição do pênis, ejaculação, sialorreia e comportamentos agonísticos, como brigas. Em relação aos parâmetros de comportamento sexual (ejaculação e sialorreia), o produtor I, obteve a maior frequência de animais visualizados com os comportamentos, seguido dos produtores II e III, e a menor frequência observada para o produtor IV. Em relação aos demais comportamentos sexuais e comportamento agonístico (brigas), não foi observado diferença estatística entre os animais avaliados/observados dos quatros produtores. Já em relação às idades de vacinação, o intervalo entre a segunda dose da vacinação e o abate do produtor I foi o maior intervalo, totalizando 7,57 semanas (53 dias), e o produtor que apresentou o menor intervalo foi o produtor IV com 5,71 semanas (40 dias). A técnica de imunocastração foi eficiente para minimizar as características de comportamento sexual dos animais avaliados, sendo que, estatisticamente, os comportamentos (exposição do pênis e monta com/sem exposição pênis), juntamente com comportamentos agonísticos (brigas), não foi observado diferença estatística entre os animais avaliados/observados dos quatros produtores. Foi observado diferença significativa nos comportamentos sexuais de ejaculação e sialorreia em ambos os lotes avaliados/observados.

Biografia do Autor

Lara Helena Machado, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente de Medicina Veterinária

Luiz Flávio Nepomuceno do Nascimento, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor de Medicina Veterinária

Simone Vital Moreira

Especialista em Produção de Suínos e em Pecuária Leiteira

Jéssica Luana Guimarães de Oliveira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professora orientadora

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Publicado

2024-10-31

Edição

Seção

Resumos - Medicina Veterinária