Sífilis Gestacional:
perfil epidemiológico e abordagens terapêuticas
Palavras-chave:
epidemiologia , sífilis gestacional , sífilis congênita , saúde pública , pré-natalResumo
A sífilis gestacional, causada pela bactéria Treponema pallidum, é uma infecção crônica frequentemente assintomática, podendo ser transmitida via placentária em qualquer fase da gestação. A testagem para sífilis é um componente essencial do acompanhamento pré-natal, pois, quando não diagnosticada e tratada, pode resultar em complicações materno-fetais, como abortamento, parto prematuro e alterações neurológicas e cardiovasculares. O tratamento com penicilina durante o pré-natal é fundamental para a prevenção dessas consequências, reforçando a importância do monitoramento e da intervenção precoce em gestantes. O objetivo deste estudo é analisar o perfil epidemiológico da sífilis gestacional, seus principais fatores de risco, os impactos materno-fetais decorrentes e as abordagens terapêuticas disponíveis. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, considerando artigos publicados entre 2017 e 2022, selecionados a partir das bases de dados National Library of Medicine (PubMed) e Scientific Electronic Library Online (SciELO), em agosto de 2024. Foram incluídos artigos originais sem restrições, desde que abordassem o tema proposto. A pesquisa evidencia que a sífilis gestacional (SG) e a sífilis congênita (SC) representam graves problemas de saúde pública no Brasil, com incidência crescente nos últimos anos. Fatores como baixa escolaridade, condições socioeconômicas precárias e acesso inadequado ao pré-natal aumentam o risco da infecção. O diagnóstico precoce e o tratamento com penicilina são essenciais para evitar complicações materno-fetais, como prematuridade e morte neonatal. Conclui-se que, apesar das estratégias de controle, as taxas de SG e SC continuam em ascensão no Brasil, exigindo maior capacitação dos profissionais de saúde e a ampliação do acesso ao pré-natal e ao tratamento adequado