Trombose na covid-19
mecanismos patofisiológicos e abordagens terapêuticas integradas
Palavras-chave:
COVID-19, Inflamação, sistema imunológico , tempestade de citocinas , tromboseResumo
Este estudo analisa as complicações tromboembólicas associadas à COVID-19, enfatizando a relação entre o vírus e o desenvolvimento de trombose, bem como as estratégias terapêuticas disponíveis. A infecção pelo SARS-CoV-2 está frequentemente associada a um estado de hipercoagulabilidade, exacerbado por danos endoteliais, inflamação sistêmica e alterações no sistema renina-angiotensina (SRA). Fatores como tempestades de citocinas e estresse oxidativo contribuem para a formação de coágulos e o aumento da mortalidade. Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, conduzida com base na metodologia PICO para a formulação da pergunta norteadora. Foram selecionados 24 artigos científicos, conforme critérios de inclusão e exclusão, a partir das bases de dados SciELO, PubMed e Google Scholar. Os resultados evidenciaram diversos mecanismos fisiopatológicos pelos quais a inflamação severa induzida pelo SARS-CoV-2 influencia a coagulação, sendo a disfunção endotelial, a ativação plaquetária e o impacto dos inflamassomas os principais contribuintes para o desenvolvimento de trombose. Quanto às abordagens terapêuticas, a profilaxia com heparina e outros anticoagulantes é amplamente utilizada, porém as taxas de eventos trombóticos permanecem elevadas, sugerindo a necessidade de estratégias complementares. A revisão indica que a intensificação da resposta imune pode desempenhar um papel mais relevante na trombose do que a infecção viral propriamente dita. Estudos recentes sugerem que inibidores da disfunção endotelial e anticoagulantes fisiológicos podem apresentar benefícios, embora sua eficácia ainda demande maior investigação