A urgência das políticas de saúde mental
um estudo epidemiológico da microrregião de Patos de Minas
Palavras-chave:
Epidemiologia, Saúde mental, suicídio, Transtornos mentaisResumo
O objetivo deste estudo é descrever o perfil epidemiológico da saúde mental na microrregião de Patos de Minas e identificar as principais urgências nessa área. Trata-se de uma pesquisa retrospectiva quantitativa, com dados obtidos no banco de dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). O tratamento dos dados foi realizado por meio de planilhas e gráficos no software Microsoft Excel e do programa Statistical Package for Social Sciences (SPSS). Entre 2020 e 2022, os gastos com internações por transtornos mentais na microrregião de Patos de Minas reduziram-se em 31%, mas apresentaram um aumento de 138% em 2023. A taxa de suicídio cresceu 61% no mesmo período, com maior incidência entre homens de 30 a 39 anos. Apesar da redução de 25% nos óbitos por transtornos mentais, homens de 50 a 59 anos continuam sendo os mais afetados. O número de internações por transtornos mentais aumentou 348%, com a esquizofrenia sendo a principal causa. Os procedimentos ambulatoriais mantiveram-se estáveis até 2023, quando houve um aumento significativo, tendência que se manteve no primeiro semestre de 2024. A variação nos gastos com saúde mental reflete uma resposta instável à demanda, sugerindo um possível agravamento do quadro epidemiológico ou mudanças na gestão dos recursos. O aumento expressivo na taxa de suicídio aponta para possíveis lacunas nas intervenções preventivas. Além disso, a elevação das internações e dos procedimentos ambulatoriais indica uma demanda crescente, possivelmente influenciada pela pandemia. Entre 2020 e 2024, Patos de Minas registrou um aumento significativo nas internações, nos gastos e nos casos de suicídio, evidenciando a necessidade de políticas públicas eficazes e de um monitoramento contínuo da saúde mental na região.