Baixa estatura no paciente pediátrico com hipotireoidismo
uma revisão de literatura
Palavras-chave:
Infância, baixa estatura, HipotireoidismoResumo
A avaliação do crescimento infantil é fundamental para a detecção precoce de condições patológicas que possam comprometer o desenvolvimento. O hipotireoidismo, caracterizado pela deficiência na produção de hormônios tireoidianos, pode levar à desaceleração metabólica, baixa estatura e atraso no desenvolvimento neuropsicomotor. Sem diagnóstico e tratamento precoces, crianças com essa condição enfrentam complicações significativas no crescimento. Este estudo consiste em uma revisão integrativa da literatura, baseada na estratégia PICO, com o objetivo de investigar a relação entre baixa estatura e baixos níveis de T4. O hipotireoidismo, tanto em sua forma congênita quanto adquirida, pode ser um fator determinante para a baixa estatura, devido à redução do ritmo metabólico e à alteração na maturação óssea. No hipotireoidismo congênito, a baixa estatura é um dos primeiros sinais clínicos e torna-se mais pronunciada quando o tratamento não é iniciado precocemente. No hipotireoidismo adquirido, como na tireoidite de Hashimoto, a baixa estatura também é um achado comum, podendo ser o único sintoma clínico. A terapia de reposição com levotiroxina pode promover crescimento compensatório, porém, quando iniciada tardiamente, pode comprometer o alcance da altura final estimada. O hipotireoidismo mal controlado na infância é uma das principais endocrinopatias associadas à baixa estatura final. Dessa forma, a triagem neonatal e a intervenção precoce são fundamentais para o diagnóstico e tratamento adequados, permitindo que a maioria das crianças atinja seu potencial de crescimento