Esclerose múltipla pediátrica
tratamento, prognóstico e qualidade de vida
Palavras-chave:
Esclerose Múltipla, Pediatria, Prognóstico, Qualidade de vida, TerapêuticaResumo
A esclerose múltipla é uma doença crônica caracterizada pela desmielinização dos neurônios, resultante de um processo inflamatório mediado pelo sistema imunológico. Quando acomete a população pediátrica, apresenta um quadro inflamatório mais intenso, com maior dano axonal e comprometimento do sistema nervoso central, o que pode levar a déficits cognitivos, motores e sensitivos. Este estudo teve como objetivo analisar as opções terapêuticas disponíveis, o prognóstico da doença e o impacto na qualidade de vida dessa população. Trata-se de uma revisão integrativa exploratória da literatura, baseada na análise de 32 artigos publicados entre 2015 e 2024, selecionados nas bases de dados National Library of Medicine (PubMed), Cochrane Library, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS) e EbscoHost. Os descritores utilizados incluíram: esclerose múltipla, pediátrica, tratamento, prognóstico, qualidade de vida, child, multiple sclerosis, treatment, pediatric, prognosis, pediatric-onset multiple sclerosis, quality of life. Os resultados indicam que a população pediátrica é mais suscetível a déficits cognitivos, uma vez que a infância é um período crítico para o desenvolvimento do sistema nervoso central, reforçando a importância do diagnóstico precoce e de intervenções terapêuticas adequadas. Os tratamentos modificadores da doença (DMTs) são classificados em eficácia moderada (dimetil fumarato, teriflunomida, acetato de glatirâmer e interferons beta-1a e 1b) e alta eficácia (fingolimode, natalizumabe, alemtuzumabe e rituximabe), sendo o acetato de glatirâmer e os interferons beta-1a e 1b as opções de primeira linha. Conclui-se que um tratamento adequado pode retardar a progressão da doença e contribuir para a preservação da capacidade cognitiva, proporcionando um melhor prognóstico e maior qualidade de vida aos pacientes pediátricos