As perspectivas do uso de drogas antidiabéticas na prevenção e no tratamento da doença de Alzheimer:

uma revisão integrativa

Autores

  • Francyele dos Reis Amaral Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Cecília Pereira Silva Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • José Lucas Lopes Gonçalves Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Paula Andrade Amorim Rodrigues Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM
  • Mateus Lopes de Faria Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Palavras-chave:

Demência, Doença de Alzheimer, Doenças neurodegenerativas, Hipoglicemiantes, Insulina

Resumo

A Doença de Alzheimer (DA) é uma condição neurodegenerativa crônica e progressiva caracterizada pelo comprometimento da memória e das funções cognitivas, afetando o desempenho social e profissional do indivíduo. Uma das hipóteses fisiopatológicas sugere que a resistência insulínica cerebral contribui para o acúmulo de neurotoxinas, o estresse neuronal e, consequentemente, a neurodegeneração. Nesse contexto, investiga-se o potencial terapêutico de fármacos antidiabéticos que aumentam a sensibilidade à insulina para a prevenção e o tratamento da DA. Este estudo tem como objetivo analisar as evidências disponíveis sobre o uso desses medicamentos no manejo da doença. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, com seleção de estudos realizada até agosto de 2024. Foram considerados artigos em português, inglês e espanhol, disponíveis na íntegra, publicados nos últimos cinco anos e indexados nas bases de dados Medline, SciELO, Lilacs e EBSCOhost. A busca utilizou descritores organizados com operadores booleanos: “Alzheimer’s Disease” OR “Dementia” OR “Neurodegenerative Diseases” AND “Hypoglycemic Agents” OR “Insulin” OR “Metformin”. Os resultados evidenciaram que os fármacos antidiabéticos podem aumentar a sensibilidade à insulina cerebral ou imitar seus efeitos neuroprotetores. Os inibidores da dipeptidil peptidase-4 (iDPP-4), agonistas do peptídeo semelhante ao glucagon tipo 1 (aGLP-1) e inibidores do cotransportador sódio-glicose tipo 2 (iSGLT-2) demonstraram potencial na redução do risco de demência. Em contrapartida, sulfonilureias e tiazolidinedionas apresentaram maior incidência de efeitos adversos e risco de hipoglicemia. Já a metformina, por não possuir efeito hipoglicemiante, mostrou-se segura para uso em pacientes sem diabetes mellitus tipo 2 (DM2). Além disso, a insulina intranasal surge como uma alternativa promissora para indivíduos com DM2 e DA, por melhorar a neuroplasticidade. Conclui-se que o uso de fármacos antidiabéticos no manejo da DA apresenta perspectivas terapêuticas promissoras, embora mais estudos sejam necessários para estabelecer protocolos clínicos eficazes

Biografia do Autor

Francyele dos Reis Amaral, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente do Curso de Medicina

Cecília Pereira Silva, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente do Curso de Medicina

José Lucas Lopes Gonçalves, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente do Curso de Medicina

Paula Andrade Amorim Rodrigues, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Discente do Curso de Medicina

Mateus Lopes de Faria, Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM

Docente do Curso de Medicina

Publicado

2025-04-08

Edição

Seção

Resumos