Aumento da prevalência da síndrome de burnout durante a pandemia do covid-19
Palavras-chave:
esgotamento profissional, esgotamento psicológico, COVID-19Resumo
A rotina de trabalho, associada a condições prejudiciais, impacta a saúde mental dos indivíduos. Durante a pandemia de COVID-19, profissionais, especialmente aqueles da área da saúde, enfrentaram exaustão, esgotamento mental e estresse, fatores que contribuíram para o agravamento ou surgimento da Síndrome de Burnout (SB). Diante desse cenário, o presente estudo teve como objetivo avaliar o perfil epidemiológico da SB no Brasil durante a pandemia. Para isso, foi realizado um estudo transversal, retrospectivo, de natureza descritivo-analítica e abordagem quantitativa, no período de 2019 a 2022, com informações coletadas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN), disponível no site do DATASUS/MS. Os resultados indicaram um aumento expressivo nos casos de SB em 2021 e 2022, principalmente no período pós-pandemia (após 2020). Observou-se maior notificação de casos entre indivíduos autodeclarados brancos, com escolaridade de nível superior e do sexo feminino. Conclui-se que a SB apresenta alta prevalência entre trabalhadores brasileiros, sendo sua incidência potencializada pelos impactos da pandemia. Diante disso, destaca-se a importância de estratégias para a promoção da saúde mental desses profissionais, especialmente no período pós-pandêmico, visto que essa síndrome gera repercussões significativas tanto na esfera pessoal quanto no ambiente de trabalho, afetando a qualidade de vida e o bem-estar da população trabalhadora.