Influência da alimentação na prevenção e no retardo da progressão da doença do Alzheimer
Palavras-chave:
Dieta, Demência, prevenção de doenças , progressão da doençaResumo
As doenças neurodegenerativas são distúrbios do sistema nervoso central que comprometem funções neurológicas essenciais, promovendo a perda progressiva da estrutura e do funcionamento dos neurônios por meio da apoptose celular. O presente estudo analisou a influência da alimentação na prevenção e no retardo da progressão da Doença de Alzheimer (DA). Trata-se de uma revisão integrativa da literatura realizada nas bases de dados Scientific Electronic Library Online (SciELO), National Library of Medicine (PubMed), EbscoHost (EBSCO) e Google Scholar, utilizando os descritores “Doença de Alzheimer”, “Alimentação”, “Prevenção” e “Progressão da doença” em português e inglês. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, foram selecionados 10 artigos, cujos resultados indicaram que diversos nutrientes, como as vitaminas C, E e do complexo B, além de ácidos graxos e antioxidantes, podem proteger o cérebro e retardar a progressão da doença. Padrões alimentares saudáveis, como a dieta mediterrânea, a abordagem dietética para cessação da hipertensão (DASH), a dieta Mediterranean-DASH Intervention for Neurodegenerative Delay (MIND) e a dieta cetogênica, apresentam propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias e estão associadas a um menor risco de desenvolvimento da DA. A microbiota intestinal, modulada por esses padrões alimentares, também exerce um papel relevante na patogênese da doença. Os principais mecanismos de ação envolvem a supressão da deposição de beta-amilóide, a redução do estresse oxidativo e a diminuição da neuroinflamação. Conclui-se que a nutrição desempenha um papel fundamental na saúde cerebral e pode ser uma ferramenta valiosa na prevenção e no manejo da DA, especialmente quando incorporada às estratégias de orientação de pacientes em risco por profissionais de saúde.