Eficácia dos tratamentos farmacológicos e não farmacológicos na obesidade
uma revisão integrativa de literatura
Palavras-chave:
obesidade, tratamento farmacológico, tratamento não farmacológicoResumo
A obesidade é uma condição crônica caracterizada pelo acúmulo excessivo de gordura corporal, estando associada a complicações metabólicas como hipertensão arterial e resistência à insulina. Embora mudanças no estilo de vida, incluindo dieta balanceada e prática regular de exercícios físicos, sejam fundamentais para o manejo da obesidade, muitas vezes não são suficientes para promover a perda de peso sustentável. Nesse contexto, o tratamento farmacológico, quando associado a intervenções não farmacológicas, pode ser uma estratégia eficaz, embora exija cautela devido aos possíveis efeitos adversos. Este estudo teve como objetivo avaliar a eficácia dos fármacos no tratamento da obesidade em comparação com métodos não farmacológicos. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, utilizando a estratégia PICO, a partir de pesquisas nas bases BVS, PubMed, SciELO, EBSCOHost, Google Scholar e Cochrane Database of Systematic Reviews. Foram selecionados 10 artigos publicados entre 2020 e 2023. Os resultados indicaram que medicamentos como sibutramina, liraglutida e semaglutida demonstraram eficácia na redução do peso corporal e na melhora da saúde metabólica. A sibutramina atua como inibidor da recaptação de serotonina e noradrenalina, promovendo saciedade e menor ingestão calórica. A liraglutida, um agonista do receptor do GLP-1, melhora a função das células beta pancreáticas e reduz a gordura corporal. Já a semaglutida, outro agonista do GLP-1, auxilia na redução do apetite e na melhoria dos perfis lipídicos. Os achados sugerem que o tratamento farmacológico, quando combinado a métodos não farmacológicos, potencializa os resultados na perda de peso e no controle das complicações metabólicas. Conclui-se que a abordagem personalizada do tratamento é essencial para maximizar benefícios e minimizar riscos, reforçando a importância da integração entre terapias farmacológicas e mudanças no estilo de vida