Síndrome coronariana aguda na emergência
manejo, propedêutica e principais erros
Palavras-chave:
diagnóstico, emergência, síndrome coronariana aguda , tratamentoResumo
A síndrome coronariana aguda (SCA) compreende um espectro de apresentações clínicas resultantes de fenômenos cardíacos isquêmicos, caracterizando-se por alta prevalência e mortalidade. No entanto, erros diagnósticos ainda ocorrem, levando a desfechos adversos para os pacientes. Este estudo tem como objetivo analisar as principais etiologias da SCA, seus métodos propedêuticos, estratégias de manejo e os principais equívocos diagnósticos associados. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, conduzida por meio de uma análise abrangente da produção científica disponível. A revisão incluiu 14 artigos que atenderam aos critérios de inclusão e exclusão previamente estabelecidos, com buscas realizadas nas bases de dados PubMed e Cochrane Library. Os resultados evidenciam que a estratificação de risco é uma ferramenta essencial para a abordagem eficaz da SCA. Além disso, a realização precoce do eletrocardiograma (ECG) e a aplicação de protocolos para dosagem da troponina ultrassensível contribuem significativamente para um diagnóstico preciso. A terapia antiplaquetária constitui a base do tratamento da SCA e deve ser mantida até a alta hospitalar. Entretanto, a nomenclatura "infarto agudo do miocárdio com supradesnivelamento do segmento ST" (IAMCSST) pode induzir a um viés diagnóstico, priorizando o achado eletrocardiográfico em detrimento da identificação da oclusão coronariana. Esse modelo pode resultar na subnotificação de casos sem supradesnivelamento, mas com obstrução significativa. Assim, reforça-se a necessidade de aprimoramento nos critérios diagnósticos e no manejo da SCA, visando otimizar a assistência médica e reduzir complicações associadas