Sulfoniluréias no tratamento do diabetes mellitus tipo 2
indicações e perspectivas atuais
Palavras-chave:
Diabetes Melittus tipo 2, Sulfoniluréias, TratamentoResumo
O diabetes mellitus tipo 2 (DM2) é uma doença crônica prevalente, afetando entre 7% e 13% da população brasileira. Seu tratamento visa o controle glicêmico adequado por meio de intervenções dietéticas, atividade física e terapias farmacológicas, incluindo insulinas e hipoglicemiantes orais, como as sulfonilureias (SUs). Este estudo analisou a relevância, indicações, benefícios e efeitos colaterais das SUs no tratamento do DM2 em comparação com as opções terapêuticas mais recentes. Para isso, foi realizada uma revisão integrativa da literatura, com busca em bases de dados científicas e seleção de artigos publicados entre 2018 e 2024. Apesar de serem uma das classes terapêuticas mais antigas e acessíveis, o uso das SUs tem diminuído com o advento de novas terapias que apresentam melhor perfil de segurança e benefícios adicionais. Evidências indicam que esses medicamentos não aumentam o risco de desfechos cardiovasculares adversos, porém estão associados a maior incidência de hipoglicemia e ganho de peso, especialmente em idosos. Novas classes terapêuticas, como os inibidores de SGLT2, inibidores de DPP-4 e agonistas de GLP-1, são preferidas devido à redução ou neutralidade no peso, menor risco de hipoglicemia e benefícios adicionais na prevenção de comorbidades associadas ao DM2. Conclui-se que, embora as SUs ainda sejam uma opção válida e economicamente acessível, seu uso deve ser cuidadosamente avaliado em função das vantagens oferecidas pelos novos agentes terapêuticos, priorizando uma abordagem individualizada conforme as diretrizes atuais para o manejo do DM2.