Associação entre a síndrome de cushing e o risco de câncer
uma revisão de literatura
Palavras-chave:
Síndrome de Cushing, Câncer, Complicações, EpidemiologiaResumo
A Síndrome de Cushing resulta da exposição prolongada a níveis elevados de cortisol e está associada a um maior risco de câncer, devido aos efeitos catabólicos, inflamatórios e imunossupressores desse hormônio. Este estudo teve como objetivo investigar a relação entre a Síndrome de Cushing e o risco de câncer por meio de uma revisão da literatura, analisando artigos e livros publicados entre 2013 e 2024, em inglês ou português. A busca foi realizada nas bases PubMed (MEDLINE), SciELO, Google Scholar, Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e EBSCO Information Services, entre junho e agosto de 2024, utilizando os descritores “Cushing Syndrome”, “Cancer”, “Complications” e “Epidemiology”. Após a triagem e análise crítica, 18 estudos foram incluídos na revisão. Os achados indicam que a Síndrome de Cushing provoca alterações metabólicas significativas, como resistência insulínica, dislipidemia e obesidade, que aumentam o risco de Diabetes Mellitus tipo 2 e hipertensão arterial sistêmica, contribuindo para a síndrome cardio-renal-metabólica. Essas condições criam um ambiente pró-inflamatório e pró-tumorigênico, favorecendo a transformação neoplásica. O aumento dos níveis do fator de crescimento semelhante à insulina tipo 1 (IGF-1) estimula a proliferação celular e inibe a apoptose, mecanismos envolvidos na carcinogênese. Foi identificada uma maior prevalência de câncer em pacientes com Síndrome de Cushing, embora os tipos tumorais variem entre os estudos, reforçando a necessidade de investigações adicionais para esclarecer essa associação. O presente estudo contribui para a literatura ao consolidar mecanismos metabólicos e imunológicos que associam a Síndrome de Cushing como um fator de risco para o câncer, além de apontar lacunas para pesquisas futuras