Fístula arteriovenosa na doença renal crônica
cuidados e complicações
Palavras-chave:
diálise renal, fístula arteriovenosa, insuficiência renal crônicaResumo
A insuficiência renal crônica, em estágios avançados, é tratada por terapia renal substitutiva. A hemodiálise, enquanto tipo mais utilizado, necessita de um acesso vascular com bom fluxo sanguíneo. Dessa forma, a fístula arteriovenosa (FAV) é a modalidade de acesso venoso com mais benefícios. Diante disso, o presente estudo objetivou caracterizar as medidas de cuidado necessárias, por parte dos pacientes e dos profissionais de saúde, durante o período de maturação e de uso de FAV, bem como as complicações advindas do incorreto manejo desse acesso vascular. Como metodologia, foi adotada uma revisão de literatura das bases de dados BVS, EBSCO e Scielo, sendo selecionados 11 artigos. Evidenciou-se que, após confecção da FAV, o período de maturação é importante para dilatação da artéria e aumento da espessura da parede venosa, o que permite aumento do fluxo sanguíneo. A partir desse período, são importantes medidas de cuidado visando a diminuição de complicações e a durabilidade da FAV. Essas medidas são representadas pela proteção contra traumatismos e grandes esforços, não dormir sobre o membro utilizado, não realizar curativos circulares; evitar aferição de pressão arterial, retirada de sangue e infusão de medicamentos na FAV. Como complicações associadas com o manejo incorreto desse acesso vascular, têm-se a trombose, a infecção, o fenômeno de roubo e a hipertensão venosa, principalmente. Conclui-se que os benefícios advindos da utilização de FAV estão intrinsecamente relacionados às medidas de cuidado, o que ressalta a importância do correto manejo do acesso vascular por parte dos profissionais e dos pacientes.