Uma abordagem sobre a posição prona na neurocirurgia
Palavras-chave:
posição prona, complicações, posicionamento, neurocirurgiaResumo
A seleção de uma posição nos procedimentos cirúrgicos baseia-se em diferentes parâmetros essenciais para prevenção de complicações e das funções vitais dos pacientes. Para acesso a região occipital, suboccipital, parietal e coluna lombar, na neurocirurgia, pode ser utilizada a posição prona. Objetivo: revisar sobre os impactos da posição prona na fisiologia humana e descrever as complicações associadas. Metodologia de busca: Pesquisamos os termos “posição prona”, “neurocirurgia” e “complicações” nas bases Medline, Lilacs e Scielo. Foram selecionados artigos disponíveis na íntegra em português, inglês, francês e espanhol, do tipo revisão, metanálise, estudo original e relato de caso, publicados entre 2008 e 2018. Foram excluídos artigos que não tratavam sobre a posição prona, em idiomas diferentes dos critérios de inclusão e indisponíveis na totalidade. Resultados: Para esta revisão foram selecionamos 21 artigos. Discussão: A posição prona pode cursar com alterações hemodinâmicas e complicações visuais, neurológicas, musculares e venosas. Destacam-se a perda visual por neuropatia isquêmica óptica e disfunções medulares por infarto. A posição gera aumento da pressão aplicada no tronco e extremidades, cursando com danos normalmente temporários. Conclusão: É preciso monitorar ativamente o paciente, suas comorbidades e seu estado hemodinâmico com o intuito de minimizar complicações posteriores advindas da posição prona.