Alternativas terapêuticas para a epilepsia refratária à farmacoterapia

Autores

  • Guilherme Junio Silva Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Élcio da Silveira Machado Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

epilepsia, epilepsia resistente a medicamentos, neurocirurgia, neurologia

Resumo

A epilepsia é definida como uma predisposição a crises epiléticas espontâneas. É associada a risco aumentado de mortalidade, de morbidade psiquiátrica e a problemas psicossociais. Pode ser classificada segundo sua manifestação clínica inicial em generalizada, focal ou desconhecida e segundo o estado de consciência durante a crise. Conceitua-se epilepsia refratária como a falha na farmacoterapia com no mínimo dois medicamentos adequadamente prescritos e em dose máxima. O objetivo do presente trabalho foi reconhecer as alternativas terapêuticas à epilepsia refratária à farmacoterapia. Trata-se de uma revisão da literatura nas bases de dados SCIELO, Google Scholar e PubMed com os descritores “Refractory Epilepsy, Epilepsy Surgery, Neuromodulation AND Epilepsy”. Foram selecionados estudos publicados nos últimos 10 anos. Foram analisados 30 artigos. Os tratamentos identificados foram a Estimulação do Nervo Vago (ENV), a Estimulação Cerebral (EC), as Cirurgias Ressectivas e a Calostomia. Dentre as alternativas, a ressecção cirúrgica de focos epileptogênicos se mostrou uma medida segura e eficaz para controle das crises, tendo sucesso em até 90% dos pacientes. A ENV demonstrou redução na frequência das crises e melhora na qualidade de vida significativas. O efeito da calostomia e da EC sobre as crises ainda não é bem compreendido. Entretanto, alguns estudos relataram melhora das crises em pacientes operados. A calostomia foi associada a mais efeitos adversos, como a Síndrome da Desconexão Aguda. Desse modo, a adequada seleção e a indicação de tais tratamentos podem resultar em melhoria significativa na ocorrência de crises e na qualidade de vida dos pacientes com epilepsia refratária.

Biografia do Autor

Guilherme Junio Silva, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Discente de Medicina do Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Élcio da Silveira Machado, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Médico Neurocirurgião do Hospital Regional Antônio Dias (HRAD)

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Publicado

2020-06-24

Edição

Seção

Resumos