Dopplervelocimetria e conduta médica nas síndromes hipertensivas da gestação
uma revisão de literatura
Palavras-chave:
gestação, hipertensão, ultrassonografia dopplerResumo
Introdução: As Síndromes Hipertensivas da Gestação (SHG) podem ocorrer em 30% das gestantes e aumentam o risco de parto pré-termo, de morbimortalidade neonatal, de restrição do crescimento fetal, de natimortos e são a primeira causa direta de morte materna no Brasil, representando 15% dos óbitos. Diante disso, a dopplervelocimetria pode ser utilizada para monitoramento e para tomada de conduta terapêutica adequada nas SHG. Objetivo: Identificar como a Ultrassonografia Doppler com dopplervelocimetria pode orientar a conduta médica frente às SHG. Metodologia de busca: Nesta revisão de literatura foram utilizadas as bases de dados PubMed, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scielo e Google Acadêmico. Analisou-se 24 artigos de alta relação com o tema e de publicação entre 2007 e 2019. Discussão: O tratamento definitivo das SHG é o parto, porém ele deve ser ponderado e não iatrogênico, verificando as especificidades de cada caso. A dopplervelocimetria é inócua e amplamente utilizada para isso. Seus resultados são satisfatórios e levam em conta a idade gestacional. Nesse exame são avaliados precisamente os componentes circulatórios maternos (artérias uterinas), materno-fetais (artéria umbilical) e fetais (ducto venoso e artéria cerebral média), além da relação cérebro-placentária. Esse último índice possui grande valor na prática obstétrica como um inovador preditor de prognóstico neonatal. Considerações finais: A dopplervelocimetria, aliada a avaliação clínica, a cardiotocografia e ao PBF, é de grande valor na conduta médica frente às SHG. Ressalta-se que a análise caso a caso, respeitando as particularidades das pacientes, é essencial para evitar negligência ou intervenções desnecessárias.