Tratamento de queimaduras com pele de tilápia
curativo biológico viável para o sistema único de saúde
Palavras-chave:
biopróteses, queimaduras, terapêuticaResumo
Introdução: As queimaduras podem desencadear respostas sistêmicas proporcionais à extensão e à profundidade da lesão em decorrência de um trauma de origem térmica. Recentemente têm sido propostas alternativas às queimaduras de 2º e 3º graus, utilizando a pele de tilápia que propicia boa aderência nas feridas, interferindo positivamente no processo cicatricial. Objetivo: Apresentar os benefícios e as possibilidades de uso da pele de tilápia para o tratamento das queimaduras. Metodologia de busca: Trata- se de uma revisão de literatura embasada em referências tradicionais e nas bases: PubMed, BIREME e SciELO, utilizando os descritores “pele de tilápia”, “tratamento”, “queimaduras”. Discussão: Já existem protocolos de Atenção e Assistência a Queimados e a Rede Pública brasileira utiliza, na maioria dos serviços, o tratamento local de queimaduras com a pomada sulfadiazina de prata. Em alguns países da América do Sul o tratamento é realizado com pele humana (homóloga) ou animal (heteróloga), mas o Brasil não tem registro e nem disponibiliza pelo Sistema Único de Saúde (SUS), pele de animais para uso nos pacientes queimados. Os curativos biológicos de pele de tilápia representam possibilidades de baixo custo para o tratamento de queimaduras além de outros benefícios: essa pele animal tem características microscópicas semelhantes às da pele humana e pode permanecer sobre a ferida por um longo período, minimizando os riscos de infecção, diferente do que ocorre no tratamento convencional. Considerações finais: A pele de tilápia pode ser uma alternativa viável para o tratamento de queimaduras no serviço público, porque oferece vantagens biológicas e financeiras.