A importância da habilidade de comunicação durante o atendimento nas práticas ambulatoriais
um relato de experiência
Palavras-chave:
atendimentos, biopsicossocial, habilidade de comunicação, humanizaçãoResumo
Relatar por meio de uma experiência a importância da habilidade de comunicação, enquanto base da grade curricular do ciclo básico, que futuramente apresentou-se muito válida durante a prática nas habilidades ambulatoriais. Durante uma das consultas no ambulatório de clínica médica, uma paciente acompanhada pela mãe, contou que apresentara um suposto Acidente Vascular Encefálico (AVE) e que procurou o pronto atendimento, sendo medicada, mas não houve grande investigação da doença. Com isso, investigou-se de forma mais aprofundada os sintomas. A paciente sentiu-se à vontade, e expos suas questões internas, comentou havia tentado suicídio, e que após o possível AVE estava com medo de dormir sozinha e apresentava sintomas de parestesia nas mãos.Com isso, procurou-se dar todo o apoio emocional à paciente. Ao final da consulta, durante a discussão com o preceptor, foi possível concluir que todos os seus sintomas, do provável AVE, na verdade eram manifestações clínicas de extrema ansiedade não diagnosticada. Em 1995, por meio de uma ampla revisão de literatura, demonstrou-se a relação positiva entre aumento da qualidade da atenção à saúde como um todo e comunicação sócio-afetiva (que inclui aspectos da subjetividade do paciente e promove vínculo), e relação negativa entre adesão e comunicação instrumental (focada nos aspectos biomédicos do adoecimento). Enfatiza-se a importância de preparar o acadêmico de Medicina para desenvolver uma boa habilidade de comunicação, demonstrando por meio do presente relato de experiência, que pode servir de espelho a outros acadêmicos.