Caracterização do perfil bioquímico de jogadores de basquetebol em cadeiras de rodas
Palavras-chave:
colesterol, doenças cardiovasculares, fator de risco, glicemia, lipoproteína (a)Resumo
Os fatores de risco cardiovascular estão bem estabelecidos para a população geral, embora para grupos específicos ainda há muito a esclarecer, de forma especial para aqueles com mobilidade reduzida que apresentam limitações que dificultam a minimização da influência desses fatores. Assim, o presente estudo teve como objetivo caracterizar o perfil bioquímico de jogadores de basquetebol em cadeiras de rodas. Para isso, foi realizado estudo transversal, quantitativo e descritivo com jogadores de basquetebol em cadeira de rodas de uma equipe do Alto Paranaíba por meio de aplicação de questionário sociodemográfico e realização de exames bioquímicos que determinaram o perfil lipídico, concentração sorológica da lipoproteína (a) [Lp (a)] e glicemia. O perfil lipídico e a Lp (a) foram categorizados segundo as recomendações Atualização da Diretriz Brasileira de Dislipidemias e Prevenção da Aterosclerose - 2017 e a glicemia segundo as recomendações das Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes 2017-2018. Foi realizada de estatística descritiva. A população analisada foi composta por 14 jogadores de basquetebol em cadeira de rodas sendo 84,6% do sexo masculino e com idade de 25 a 55 anos. Entre os jogadores, 71,4% apresentavam algum parâmetro bioquímico analisado alterado, sendo que 35,7% apresentavam colesterol total elevado, 35,7% LDL-c acima do alvo terapêutico, 28,6% HDL- baixo, 14,3% triglicérides elevado, 21,4% Lp (a) elevada e 7,1% glicemia elevada, classificada como pré-diabético. Portanto, elevado percentual de jogadores de basquetebol em cadeiras de rodas apresenta algum parâmetro bioquímico alterado e isso impacta de forma negativa no estado de saúde por aumentar o risco cardiovascular.