Avaliação da germinação de sementes Alibertia edulis(Rich).Ex DC para fins de produção de mudas

Autores

  • Marina Karen de Oliveira Rosa Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Larissa Cristina Ribeiro Porto Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Fagner Antônio Ribeiro Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Vinícius de Morais Machado Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

áreas degradadas, Cerrado, marmelada

Resumo

O cerrado brasileiro é considerado como a savana com maior biodiversidade do mundo. Suas características de solo e relevo fazem deste um agroecossistema de sucesso, o que atrai ações antrópicas para o desenvolvimento dos sistemas agrícolas de cultivo. Esses sistemas passam a receber subsídios (por meio de fertilizantes), controles (de suprimentos de água, das pragas e das doenças), objetivando processos de colheita e de comercialização, o que contribuiu para a aceleração de sua degradação. Dentre as espécies do cerrado, temos a Alibertia edulis(Rich). Ex DC, conhecida popularmente como marmelada, uma espécie considerada perene e dioica, com até 7 m de altura. Sua semente não possui dormência e sua taxa de germinação citada por outros autores é de 60% dentro de 40 a 60 dias in natura, sendo influenciada por fatores internos, como longevidade e viabilidade, e por fatores externos, como temperatura, água e oxigênio em ambientes rustificados. O presente trabalho teve por objetivo avaliar a porcentagem de germinação de plântulas de sementes da espécie A. edulis em diferentes substratos, para fins de produção de mudas e plantio futuro em áreas degradadas do cerrado. O estudo foi realizado na casa de vegetação do Centro Universitário de Patos de Minas – UNIPAM e foram utilizadas 450 sementes da espécie A. edulis, provenientes do distrito de Ponte Firme – MG, e solo proveniente de uma região de cerrado no município de Brejo Bonito – MG.  A análise consistiu na divisão das sementes em quatro tratamentos (T1, T2, T3 e T4), sendo suas repetições determinadas de acordo com as variações na composição do substrato. Dessa forma, o T1 (50% solo + 50% adubo) foi executado ao longo de 15 repetições e os tratamentos T2 (50% solo + 25% adubo + 25% vermiculita), T3 (50% solo + 25% adubo + 25% serragem) e T4 (50% solo + 20% adubo + 15% vermiculita + 15% serragem) foram executados ao longo de 45 repetições cada um.  As sementes foram plantadas em 150 sacos plásticos para mudas e, após o plantio, as mesmas foram regadas diariamente durante 40 dias. Durante os dias subsequentes ao surgimento da primeira muda, semanalmente, foi observada a quantidade de sementes germinadas em cada tratamento. O único tratamento em que houve germinação das sementes foi o T1, sendo encontrada uma porcentagem de germinação de 13,33%. Tal resultado pode ser decorrente de fatores como insuficiência de luz em determinadas posições das sementes na estufa e/ou excesso de irrigação, acarretando a não adaptação e aclimatação das sementes no ambiente em que foram expostas. Fatores como o tempo de avaliação, a qualidade da semente ou até mesmo o próprio substrato também podem ter influenciado decisivamente o resultado encontrado. Diante de tal conjuntura, conclui-se que essa espécie necessita de maior iluminação e menor constância em sua irrigação. Ademais, embora seja uma espécie frequente no cerrado, sujeita a solos ácidos e pobres, a salinidade no solo não é uma característica desse bioma, o que poderia explicar as respostas de sensibilidade dessa espécie.

Biografia do Autor

Marina Karen de Oliveira Rosa, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária

Larissa Cristina Ribeiro Porto, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduanda em Engenharia Ambiental e Sanitária

Fagner Antônio Ribeiro, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária

Vinícius de Morais Machado, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

Downloads

Publicado

2019-11-22