Avaliação dos mecanismos de tolerância ao herbicida Vezir em espécies de Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Standl. (Ipê Amarelo)
Palavras-chave:
herbicida Vezir, Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Standl., tolerânciaResumo
O uso de plantas como agentes despoluidores tem despertado interesse crescente. Sua utilização tem sido avaliada, principalmente, em solos contaminados com metais pesados e outros compostos orgânicos. A utilização de plantas com capacidade de tolerar determinados compostos pode representar uma alternativa interessante de tratamento ambiental em termos de potencial de descontaminação de solos. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi avaliar o desenvolvimento de 20 mudas da espécie Tabebuia chrysotricha (Mart. Ex DC.) Standl. (Ipê Amarelo), transplantadas em solo contaminado por herbicida Vezir, a fim de averiguar a tolerância das mesmas diante ao contaminante. O experimento foi conduzido na casa de vegetação I do Centro Universitário de Patos de Minas - UNIPAM, utilizando areia lavada como substrato, disposta em vasos com volume de 8 dm³, em que a mesma foi contaminada em diferentes proporções (0,5 mL ha -1; 1,0 mL ha -1; 1,5 mL ha -1 e 2,0 mL ha -1), divididas em quatro tratamentos. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado, constituído de cinco mudas para cada tratamento, e a contaminação ocorreu aos quatorze e aos vinte e um dias após o transplante das mudas. Para auxiliar no desenvolvimento, as plantas foram diariamente regadas com 300 mL de água e quinzenalmente com 100 mL de solução nutritiva de Mead Johnson. Com a finalidade de avaliação dos mecanismos de tolerância, foram utilizados métodos de coleta de dados para avaliação. Em vista disso, com o auxílio de uma trena, foi medido o crescimento desde o colo da raiz até o ápice caulinar e, para o número de emissão de folhas, foi contado desde as remanescentes. Transcorrido o período de contaminação, para uma melhor análise, as plantas foram retiradas dos vasos desde a raiz aos 35 dias após a segunda aplicação. Cada muda foi pesada e, em seguida, foi feita uma média dos dados de massa fresca de raiz, caule e folhas, a qual foi realizada no Laboratório de Fisiologia e Estresse de Plantas (NUFEP), e, por fim, os resultados obtidos foram dispostos em gráficos. Diante de tal conjuntura, pode-se concluir que, mesmo ocorrendo redução no desenvolvimento das mudas, a espécie estudada apresentou tolerância ao herbicida até a mais alta dosagem a que foi submetida, pois nenhuma muda sofreu senescência, o que demonstra uma possível capacidade fitorremediadora da espécie.