Análise do desenvolvimento das espécies arbóreas de um Sistema Agroflorestal-SAF sobre diferentes coberturas de solo

Autores

  • Eduardo de Camargos Marins de Camargos Teixeira Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)
  • Vinícius de Morais Machado Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Palavras-chave:

adubação verde, produção de alimentos, biodiversidade

Resumo

O sistema global de produção de alimentos, com o aprofundamento das práticas agrícolas introduzidas pela revolução verde, vem a colocar em risco não só a biodiversidade, mas também o futuro da produção agrícola. Diante desse cenário, tecnologias como Sistemas Agroflorestais - SAFs assumem um importante papel para essa categoria produtiva, uma vez que possibilitam o aproveitamento de recursos provenientes do próprio metabolismo do sistema. Entendendo a importância desse tipo de sistema para minimizar a degradação ambiental gerada pela agricultura convencional, este estudo objetiva avaliar o efeito da incorporação de diferentes adubos verdes nas linhas do Sistema Agroflorestal-SAF, analisando o desenvolvimento das espécies arbóreas implantadas nesse sistema. O experimento foi aplicado na fazenda da empresa Du Mato, em uma área de antiga pastagem, criando um talhão de 50 x 24m para a implantação do SAF. As espécies arbóreas usadas no SAF foram Abacate Manteiga, Guapuruvu, Ipê Mirim, Juçara, Jatobá, Limão Galego, Mexerica Ponkan, Tamboril e a Uvaia. Foram formados nove canteiros no SAF, consorciando as espécies de acordo com seus estratos florestais. Em cada três canteiros do SAF, foram aplicados três tratamentos de cobertura do solo: T1 com matéria orgânica, T2 sem cobertura e T3 com Capim Mombaça. Após 30 dias, foram analisados a sobrevivência, o diâmetro à altura do solo e altura do caule. Os resultados analisados demonstraram que as espécies arbóreas, de acordo com o quesito sobrevivência, tiveram como potencial agravante as formigas, gerando, assim, a mortandade de algumas espécies como o Abacate Manteiga com 100% de mortandade, e também a não adaptação na área do plantio como a Juçara com 75% de mortandade. A espécie Tamboril teve a melhor sobrevivência (100%), pela melhor adaptação na área de plantio de acordo com fitofisionomia da região. Nos quesitos desenvolvimento em diâmetro à altura do solo e no de altura do caule, o Guapuruvu obteve o melhor desenvolvimento entre as espécies. Assim, diagnosticando que, nos canteiros com tratamento T1, proporcionou-se o melhor desenvolvimento. Diante da aplicação desse estudo, demonstrou-se a eficiência da cobertura do solo pela matéria orgânica, potencializando o desenvolvimento das espécies arbóreas ali plantadas, minimizando, assim, a degradação ambiental gerada pela exposição do solo e também fazendo com que o SAF seja uma técnica que agrega a conservação do solo junto a um modelo sustentável para a produção de alimentos.

Biografia do Autor

Eduardo de Camargos Marins de Camargos Teixeira, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Graduando em Engenharia Ambiental e Sanitária

Vinícius de Morais Machado, Centro Universitário de Patos de Minas (UNIPAM)

Professor orientador

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Publicado

2019-11-22